Manaus (AM) — No mês de outubro, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) vai dar início às tratativas para a implantação de dois planos de manejo florestal sustentável em pequena escala (PMFSPE) nos municípios de Nova Olinda do Norte e Canutama (a 135 e 619 quilômetros distante da Manaus, respectivamente). A iniciativa visa a exploração de madeira de forma legal e sustentável no estado, além da geração de emprego e renda na região.
Em Nova Olinda do Norte, o projeto é voltado à comunidade Monte Horebe e deve beneficiar 15 famílias na localidade com quem já realizaram reuniões. A ação acontecerá de 09 a 13 de outubro, o encontro será realizado no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Curupira.
Já em Canutama, a ação para elaboração do PMFSPE acontece na Reserva Extrativista Canutama (Resex Canutama), de 14 a 27 de outubro. Dez famílias da comunidade Nova Vista serão beneficiadas com o plano.
As atividades tem como objetivo a redução dos impactos ambientais para produtores rurais das regiões, segundo o diretor-presidente do Idam, Vanderlei Alvino. Ele explicou que o manejo florestal é uma técnica de extração voltada à redução do impacto ambiental e a exploração madeireira de forma sustentável.
“O manejo florestal é a única forma do agricultor utilizar o recurso de Reserva Legal (RL), que, na Amazônia, representa 80% da área de sua propriedade. Por isso, os planos de manejo elaborados pelo Idam serão utilizados para beneficiamento e melhor aproveitamento da madeira extraída de forma sustentável”, explicou Vanderlei Alvino.
Planejo de Manejo Florestal
O plano de manejo florestal sustentável em pequena escala (PMFSPE) é um instrumento no qual o agricultor familiar pode utilizar até 500 hectares de sua propriedade, respeitando o limite de corte de 25 metros cúbicos de madeira por hectare. Para agricultores e ocupantes de terras públicas, essa área fica limitada a 04 módulos fiscais.
No PMFSPE, o agricultor poderá escolher, com o apoio do técnico do Idam, a partir de cinco espécies de árvore com valor comercial no mercado local para corte, como, por exemplo: sucupira, jatobá, tauari, cupiúba, marupá, ipê-roxo entre outras.