Manaus (AM) – Um indígena isolado fez contato com a comunidade não indígena Bela Rosa, próxima à Terra Indígena Mamoriá Grande, no sudoeste do Amazonas. Após o contato, o indígena retornou à floresta na tarde de quinta-feira (13).
Durante o encontro com os ribeirinhos, o indígena demonstrou curiosidade ao conhecer um isqueiro, impressionando-se com as chamas do dispositivo. Os ribeirinhos tentaram se comunicar com ele, mas a interação foi limitada.
A Coordenação da Frente de Proteção Etnoambiental (FPE) Madeira-Purus da Funai foi informada sobre o contato na quarta-feira (12). Imediatamente, uma equipe da Funai se deslocou até o local para garantir o isolamento sanitário do indígena. Simultaneamente, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) articulou-se com a Funai para fornecer insumos médicos e profissionais de saúde.
Na madrugada de quinta-feira (13), equipes da Funai e Sesai partiram de Lábrea em direção à Base de Proteção Etnoambiental (Bape) Mamoriá. Foram realizadas duas reuniões de Sala de Situação, com participação da Funai, Sesai e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), para definir ações conjuntas. O Grupo Técnico de Localização de Povos Indígenas Isolados (GTLII) também avaliou o caso.
Retorno à floresta e monitoramento
Após o retorno do indígena à floresta, uma equipe multidisciplinar da Sesai e Funai foi enviada à comunidade Bela Rosa. Enquanto a Sesai avaliou a situação epidemiológica dos moradores, a Funai monitorou o território e orientou a população sobre medidas de proteção aos indígenas isolados.
Para reforçar a proteção, duas equipes da Funai e uma da Sesai estão a caminho da Bape Mamoriá. Uma colaboradora indígena do povo Juma, experiente em monitoramento de povos isolados e falante da língua Kawahiva, integrará a equipe.
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