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Iraque pede para que embaixador sueco deixe o país após repetidas queimas do Alcorão em Estocolmo

Desentendimento entre os dois países se estende desde janeiro quando político de extrema direita queimou escritura sagrada.
Foto: Reprodução

Iraque – O Iraque pediu nesta quinta-feira (20) que o embaixador sueco no país deixe o território. O governo também retirou seu encarregado de negócios na Suécia.

A decisão veio depois que o Iraque garantiu à Suécia que romperia relações diplomáticas se um Alcorão fosse queimado novamente no país nórdico.

Horas antes do anúncio do governo, centenas de pessoas invadiram a embaixada sueca em Bagdá e atearam fogo em um protesto contra os planos de queimar uma cópia do Alcorão em Estocolmo ainda nesta quinta-feira.

O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Tobias Billstrom, disse que os funcionários da embaixada estão seguros, mas que as autoridades iraquianas falharam em sua responsabilidade de proteger a embaixada de acordo com a Convenção de Viena.

O governo iraquiano condenou veementemente o incêndio da embaixada sueca, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia Al-Sudani, que declarou uma violação de segurança e prometeu proteger as missões diplomáticas.

A manifestação desta quinta-feira foi convocada por apoiadores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr para protestar contra a segunda queima planejada do Alcorão na Suécia em semanas, de acordo com postagens em um popular grupo do Telegram ligado ao influente clérigo e outras mídias pró-Sadr.

A polícia sueca concedeu na quarta-feira uma permissão para uma reunião pública do lado de fora da embaixada iraquiana em Estocolmo para esta quinta-feira, mostrou a permissão da polícia, e espera-se que apenas duas pessoas participem.

A agência de notícias sueca TT informou que os dois planejavam queimar o Alcorão e a bandeira iraquiana na reunião pública, e a dupla incluía um homem que havia incendiado um Alcorão do lado de fora de uma mesquita de Estocolmo em junho.

Testemunhas disseram para a agência de notícias Reuters que os manifestantes não queimaram o livro, mas o chutaram e o destruíram parcialmente.

Histórico

Em meados de janeiro deste ano, um político de extrema direita da Suécia protestou contra a recusa da Turquia para a ingressão do país nórdico à Otan.

Como resposta, Rasmus Paludan, queimou uma cópia do Alcorão, o livro sagrado dos islâmicos, grande maioria na sociedade turca.

A atitude, porém, afetou outros países de maioria islâmica. Entre eles o Iraque.

Apesar dos conflitos diplomáticos, a polícia sueca não negou manifestações futuras que pretendiam fazer a mesma coisa.

A posição causou mal-estar nos países de maioria islã.

Fonte: g1

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