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Israel deixa área do maior hospital de Gaza após operação militar de duas semanas

Militares afirmaram terem matado terroristas e apreendido armas e documentos de inteligência
Foto: REUTERS/Dawoud Abu Alkas

Faixa de Gaza – Israel anunciou ter deixado a região do Hospital de Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, após o término de uma operação militar que durou duas semanas. Os militares anunciaram a conclusão da ação nesta segunda-feira (1º).

O complexo hospitalar foi invadido por soldados israelenses no dia 18 de março. À época, autoridades palestinas disseram que a operação deixou vítimas e provocou um incêndio em um dos prédios. Já Israel afirmou que havia pedido para que a população civil para deixasse a área.

Em comunicado publicado nesta segunda-feira, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que fizeram uma varredura no hospital, aprendendo armas e documentos de inteligência. Os militares disseram ainda que terroristas foram mortos durante a operação.

Ainda segundo o exército israelense, a operação foi conduzida ao mesmo tempo em que se “evitava danos a civis, pacientes e equipes médicas”.

Segundo a Associated Press, logo após a saída dos militares israelenses da região, centenas de pessoas retornaram para a área do Hospital Al-Shifa. Testemunhas afirmaram que corpos foram encontrados dentro e fora do complexo.

Mohammed Mahdi, um dos que retornaram à região do hospital, disse à AP que o cenário encontrado foi de completa destruição. Já Yahia Abu Auf afirmou que vários pacientes foram encaminhados para outro hospital da região.

“A situação é indescritível”, disse Auf. “A ocupação destruiu todo o sentido de vida aqui.”

Enquanto a operação estava em andamento, Israel afirmou que matou 170 homens armados na região do Hospital Al-Shifa. Já o Hamas acusou os israelenses de terem matado 240 pacientes.

Até a publicação desta reportagem um novo balanço não havia sido divulgado.

Antes mesmo da operação no Al-Shifa, Israel acusava o Hamas de usar estruturas como hospitais para fins militares.

Fonte: g1

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