Faixa de Gaza – O exército de Israel confirmou neste domingo (1º) que resgatou os corpos de seis reféns em um túnel subterrâneo na área de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Segundo os militares, todos os seis foram mortos pouco antes da chegada das forças israelenses.
Israel identificou os seis reféns como Carmel Gat, Eden Yerushalmi, o americano-israelense Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Almog Sarusi e Ori Danino.
O tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz militar, disse que o exército acreditava que havia reféns na área no túnel, mas não tinha inteligência específica. Segundo Shoshani, as forças israelenses encontraram os corpos a várias dezenas de metros no subsolo enquanto “combate contínuo” estava em andamento, mas que não houve tiroteio no túnel.
O Hamas ofereceu libertar os reféns em troca do fim da guerra, da retirada das forças israelenses e da libertação de muitos prisioneiros palestinos, incluindo militantes de alto escalão. Izzat al-Rishq, um alto funcionário do Hamas, disse que os reféns ainda estariam vivos se Israel tivesse aceitado uma proposta de cessar-fogo apoiada pelos EUA, que o Hamas disse ter concordado em julho.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel não vai descansar até capturar os responsáveis pela morte dos seis reféns. Em nota, ele afirmou que seu país está se empenhando por um acordo para libertar os reféns restantes e garantir a segurança de Israel.
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, organização que representa os familiares dos sequestrados, anunciou manifestações neste domingo em Jerusalém e Tel Aviv para pressionar pela implementação de um cessar-fogo e pela libertação dos reféns.
“Um acordo para o retorno dos reféns está sendo discutido há mais de dois meses. Se não fosse por atrasos, sabotagem e desculpas, aqueles cujas mortes soubemos esta manhã provavelmente ainda estariam vivos”, disse a organização.
O chefe do sindicato israelense Histadrut convocou uma greve geral na segunda-feira para pressionar o governo a chegar a um acordo para devolver os reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas em Gaza. Arnon Bar-David apelou a todos os trabalhadores civis para se juntarem à greve.
Fonte: g1