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Juiz é acusado de violência física, sexual e psicológica e é proibido de se aproximar da ex-mulher; vídeos mostram agressões

Ministério Público de São Paulo investiga o caso. Valmir Maurici Júnior, juiz de direito da 5ª Vara de Guarulhos (Grande São Paulo), nega ‘veementemente todas as acusações’, diz defesa.
Valmir Maurici Júnior, juiz de direito acusado pela esposa de violência física, sexual e psicológica — Foto: Reprodução

A ex-mulher do juiz Valmir Maurici Júnior, da 5ª Vara Cível de Guarulhos, na Grande São Paulo, acusa o marido de violência física, sexual e psicológica. Vários vídeos que mostram as agressões, ocorridas na casa em que os dois moravam, no Litoral Norte de São Paulo.

Em um dos vídeos, divulgados pelo g1, o juiz dá um tapa na cabeça da esposa; em outro, ele dá empurrões, chute e a xinga, e ela cai no chão; ambos foram gravados com um celular dela — segundo ela, em outubro de 2022. Em um terceiro vídeo, de abril de 2022, aparentemente gravado pelo próprio juiz, ele a submete a uma relação sexual — segundo ela, não consentida por não ter tido opção de escolha.

A vítima conta que conheceu o juiz em outubro de 2020, quando, segundo ela, ele vivia em Santa Catarina e ela, no interior de São Paulo. Em dezembro de 2021 ela se mudou para Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, para morar com Maurici Júnior mas a relação dos dois começou a ficar violenta aos poucos, e ele não queria o fim da relação.

O casal está em processo de separação e o procedimento está no Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, responsável por casos do tipo de acordo com a Lei Orgânica da Magistratura.

Como não tinha provas da violência, a vítima decidiu gravar com o próprio celular. A mulher conseguiu filmar um tapa dado nela pelo juiz enquanto os dois estavam deitados na cama. Também registrou xingamentos e empurrões, quando ela estava na frente dele perto da porta do quarto. Os vídeos foram gravados no ano passado.

Um dos vídeo, que mostra os dois durante uma aparente relação sexual em que a vítima aparece deitada sobre uma cama, de costas, e com os pés e mãos amarrados.

 Em uma folha de papel o juiz vai riscando aos poucos vários ítens listados por ele de coisas que ela fazia errado, de acordo com ele — segundo a mulher, são os motivos pelos quais, para ele, ela deveria ser castigada.

A vítima conta que tentou manter o casamento, mas foi entrando em desespero e chegou a tentar suicídio. Ela disse que, ao sinalizar ao marido que o denunciaria, ele a intimidou mencionando a própria rede de contatos, afirmava que conhecia ‘pessoas influentes e poderosas’ e que não adiantava ela denunciar.

A mulher vive longe de São Paulo atualmente. Em razão da medida protetiva, Valmir Maurici Júnior não pode manter contato com ela, com os pais dela e com familiares, nem se aproximar deles. Ela teve episódios de depressão, ansiedade e, em dezembro, chegou a ser internada com quadro psicótico, de acordo com laudos, médicos anexados ao processo.

“A defesa técnica do magistrado, por seus advogados Marcelo Knopfelmacher e Felipe Locke Cavalcanti, nega veementemente os fatos que lhe são imputados e repudia com a mesma veemência vazamentos ilegais de processos que correm em segredo de Justiça.”

Fonte: g1

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