Justiça decreta prisão preventiva de professor de jiu-jitsu suspeito de abusar dos alunos em Manaus

O professor de jiu-jitsu é suspeito de abusar sexualmente de atletas menores de idade em Manaus há pelo menos 15 anos
(Foto: Divulgação/Polícia Civil Santa Catarina)

Manaus (AM) – A Justiça do Amazonas decretou, na quarta-feira (15), a prisão preventiva do professor de jiu-jitsu Alcenor Alves Soeiro, de 57 anos. Ele é suspeito de abusar sexualmente de atletas menores de idade há pelo menos 15 anos, em Manaus.

Preso em novembro do ano passado, em Santa Catarina, Alcenor estava cumprindo prisão temporária, que havia sido prorrogada por 30 dias e se encerraria na sexta-feira (17). Com isso, a Polícia Civil do Amazonas solicitou a prisão preventiva, que foi acatada pelo justiça.

Entenda o caso

De acordo com Deborah Ponce de Leão, adjunta da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), disse que no dia 12 de novembro, a Depca recebeu uma denúncia sobre o homem ter abusado sexualmente dos seus atletas, entre os anos de 2011 a 2018.

“As investigações apontam que ele teria abusado de meninos que são campeões mundiais de jiu-jítsu e os teria explorado sexualmente, oferecendo presentes e favores, comprando kimono, mediando passagens e estadias para disputa de campeonatos”, contou a delegada.

Segundo a delegada, os abusos sexuais eram praticados durante as estadias e na casa do investigado, onde ele as dopava para consumar os delitos. Em alguma das situações, o indivíduo dava banho nas vítimas, que já eram adolescentes, e aproveitava a ocasião para tocar em suas partes íntimas.

A explicou que um dos atletas começou a ser abusado sexualmente em meados de 2018, quando tinha 9 anos.

“Esses garotos, no primeiro momento, tinham um encantamento pelo autor, uma vez que ele é um professor renomado de jiu-jítsu, mas só depois de um tempo eles perceberam o que realmente estava acontecendo. As vítimas, inclusive, tinham vergonha de contar para os seus pais e esse foi um ponto que precisou ser alcançado pela equipe multidisciplinar”, mencionou a delegada.

A delegada reforçou que os pais e responsáveis precisam estar vigilantes em quem acompanha os seus filhos nos treinos e nos campeonatos, ou de preferência, que os acompanhem de perto a rotina dos atletas.

“Caso não seja possível acompanhá-los, é necessário, também, que os pais conversem e orientem os seus filhos para quando voltarem das viagens, que eles falem os detalhes do que aconteceu”, enfatizou a delegada.

Ainda conforme a delegada, a equipe de investigação teve acesso a mídias pornográficas envolvendo possíveis vítimas, mas os materiais estão em sigilo. Além disso, há a informação de que o indivíduo pretendia fugir para Dubai.

“Ele chegou a coagir algumas vítimas, às procurando para pedir perdão, e a uma delas, inclusive, o autor chegou a oferecer que ela fosse em seu lugar para a viagem para Dubai. O professor ainda entrou em contato com a mãe dessa vítima, como uma espécie de coação para que a situação fosse abafada”, explicou a delegada.

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