Borba (AM) – Envolvido em diversas polêmicas na gestão municipal, o prefeito de Borba, Simão Peixoto, foi alvo, mais uma vez de uma ação da Polícia Federal, nesta terça-feira, 9/1.
Uma mandado de prisão preventiva foi expedido contra o gestor municipal.
A Operação Voz do Poder, da PF investiga Simão por desvios de recursos públicos durante a pandemia.
Por conta dessa situação, a Justiça Federal também decidiu afastar afastar Simão Peixoto por 180 dias. Nesse período, quem assume é o presidente da Câmara Municipal de Borba, vereador Miguel Silva.
Simão Peixoto é suspeito de manipular testemunhas em uma investigação que apura desvios de recursos públicos destinados à compra de merenda escolar no ano de 2020, durante a pandemia do Covid-19.
O mandado judicial, que inclui também o afastamento do prefeito das funções e a execução de outras diligências necessárias para a coleta de provas, foi cumprido nas cidades de Borba e Manaus. As investigações apontaram indícios de que os kits de merenda escolar fornecidos não continham ou possuíam uma quantidade muito reduzida de carne de boi, divergindo significativamente do volume contratado. Além disso, constatou-se a ausência de charque nos kits, indícios de falsificação nos recibos de entrega e possíveis pagamentos sem comprovação documental.
A medida de prisão preventiva e o afastamento do cargo do prefeito foram solicitado, depois dele ter conduzido videoconferência com servidores municipais intimados pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos relacionados à referida investigação. Neste encontro, o prefeito teria oferecido assistência jurídica e fretamento de aeronave, custeados pela Prefeitura, o que poderia representar uma tentativa de influenciar indevidamente as testemunhas.
Segundo as investigações, essa ação cria um ambiente propício para que os servidores se sintam pressionados a adaptar os depoimentos aos interesses do investigado, comprometendo potencialmente a integridade e a credibilidade das investigações em curso.