Manaus (AM) — Um mandado de prisão preventiva contra uma mulher, 40, foi cumprido, nesta quinta-feira (20/2), por favorecimento à prostituição e ameaça contra as próprias enteadas enteadas dela, de 14 e 16 anos. A prisão aconteceu no bairro Educandos, zona Sul de Manaus, e foi efetuada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core-AM).
A delegada Juliana Tuma, explicou que a investigação teve início após a tia da adolescente de 14 anos comparecer à delegacia na terça-feira (18/2) para registrar um Boletim de Ocorrência (BO), denunciando a situação. Na ocasião, a vítima passou por escuta especializada e relatou que enfrentava pressões constantes da autora para participar de encontros com alguns homens.
“Ela contou ainda que a autora recebia dinheiro dos homens nos valores de R$ 30 e R$ 50 e quando se recusavam em ir aos encontros, sofriam agressões físicas por parte da madrasta. Além disso, foi confirmado que a adolescente está grávida de 12 semanas. Na manhã de hoje, colhemos o depoimento da outra vítima de 16 anos, que tinha dado à luz recentemente. As gestações são em decorrência dos abusos sofridos”, detalhou Juliana Tuma.
De acordo com a delegada, as adolescentes moravam com a madrasta desde bebês e os abusos começaram quando elas tinham cerca de 11 anos, enquanto residiam no município de Borba, a 151 quilômetros de Manaus. O pai das vítimas afirmou que não tinha conhecimento da situação, pois trabalhava durante a noite em uma região de balsas. No entanto, a polícia segue apurando se houve omissão por parte dele.
“Quero destacar que o apoio da família foi fundamental para que a primeira vítima conseguisse relatar os fatos. Apesar das dificuldades financeiras, os familiares ofereceram acolhimento e proteção. A outra vítima também encontrou apoio em um casal de idosos, mas ainda tem receios sobre as possíveis consequências, devido aos traumas vividos”, afirmou a delegada.
A autoridade policial finalizou informando que foi identificado que os familiares que ajudaram as adolescentes chegaram a receber ameaças, o que reforçou a necessidade de uma ação rápida para garantir a segurança de todos. O caso seguirá sob investigação para apurar outros possíveis envolvidos.
A mulher responderá por favorecimento à prostituição e ameaça. Ela passará por audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.