Manaus (AM) — A mãe (33) e a madrasta (31) de um menino de 4 anos, que morreu em decorrência supeita de totura, em Manaus, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. A determinação partiu do juiz Rafael Rodrigo da Silva Raposo, na última quinta-feira (25/4), durante audiência de custódia de ambas, no Fórum Ministro Enoch Reis.
As mulheres estavam presas desde a última quarta-feira (24/4), data em que levaram a criança, já em óbito, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da capital amazonense. Após a realização de exames médicos, foram constatadas diversas lesões, como fraturas nas costelas e bacia do menino.
A equipe médica também retirou um grampo de cabelo do couro cabeludo da criança e identificou lacerações nas partes íntimas da vítima, que mostrou indícios de violência sexual.
Depoimentos
Em depoimento, a mãe do menino informou que o filho morava com elas e a companheira há quatro meses — antes, ele morava com a avó materna, que faleceu recentemente. A mulher disse que após ir morar com ela, a criança ficava sob responsabilidade da madrasta, enquanto ela ia trabalhar.
No interrogatório, a genitora assegurou não saber das agressões sofridas pelo menino, mas que, desde a semana passada, havia notado hematomas no corpo do filho. Ela frisou, ainda, que chegou a questionar a companheira, que informou que criança havia caído.
De acordo com a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), nenhuma das mulheres assuniu a autoria dos crimes, mas pelos indícios apresentados durante o processo, elas foram indiciadas por homicídio qualificado, tortura majorada e, também, por estupro de vulnerável.