Manaus (AM) – Nesta quarta-feira (20), mais uma vez, a cidade de Manaus amanheceu encoberta por fumaça atrapalhando a visibilidade nas ruas e, também, comprometendo a navegação nos rios do Amazonas, causando riscos de acidente. Prédios do Centro da cidade, incluindo o Teatro Amazonas, ficaram escondidos pela nuvem cinzenta.
A fumaça também encobriu prédios em diversos pontos da cidade nos bairros Aleixo e Adrianópolis, na Zona Centro-Sul de Manaus. A fumaça é causada por queimadas, realizadas nesse período do ano, na capital e no interior. Moradores de diferentes bairros da capital também reclamam do mal cheiro e da dificuldade de respirar quando andam nas ruas.
As autoridades ainda não se manifestaram sobre a fumaça desta quarta mas o governo do estado estaria convocando um comitê de crise. A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) disse que está verificando a origem da fumaça.
Por volta de 11:30 da manhã uma chuva, com fortes ventos foi registrada em toda a cidade amenizando os efeitos da fumaça mas a previsão é de mais calor e sol forte para esses próximos dias.
Queimadas no interior seriam a causa da fumaça
Neste ano, a fumaça das queimadas tem causado poluição em Manaus deste agosto.
Na madrugada do dia 1º de setembro, um cheiro forte de fumaça invadiu as casas em Manaus (AM), como resultado de incêndios florestais de grandes proporções que acontecem em Autazes e Careiro da Várzea, municípios localizados no interior do Amazonas, segundo os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O mês começou e a temporada de queimadas, intensificada pelo fenômeno El Niño, já chega com força no estado.
Na última quinzena, o Amazonas lidera o ranking de queimadas na Amazônia. São 5.474 focos do início de agosto até agora, sendo que 4.128 ocorreram nos últimos 16 dias. Esse número corresponde a 35,4% dos focos de calor de toda a Amazônia Legal, segundo o satélite de referência do Inpe.
“São muitos focos em Autazes e no sul de Careiro da Várzea, com vento soprando de sul-sudeste para norte-noroeste em direção a Manaus. Direção da trajetória parecida com a da pluma saindo dos focos do município de Manaquiri e chegando em Manacapuru”, explica o coordenador do Programa de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais por Satélites do Inpe, Alberto Setzer.
