Manaus (AM) — Preso por suspeita de matar a própria tia, Sandra Eline Rodrigues de Souza, o ‘soldado’ do crime organizado, Bruno Cristher Araújo de Souza, quebrou as pernas da mulher meses antes de assassiná-la. Segundo informações divulgadas pela polícia, nesta segunda-feira (8/4), a ordem de quebrar as pernas da vítima partiu de um chefe do tráfico de drogas da capital amazonense.
Sandra foi morta em 17 de novembro do ano passado, dentro na própria casa, localizada na rua 89, no conjunto Francisca Mendes, bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus. De acordo com a delegada adjunta da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Marília Campello, Bruno contou versões falsas sobre o crime para tentar despistar a polícia.
Ainda segundo a delegada, no primeiro depoimento, em novembro do ano passado, o suspeito disse à polícia que dois pistoleiros teriam matado a tia. Já em uma outra versão, Bruno disse que a morte foi um acidente.
“Logo que o fato ocorreu, o Bruno inventa que dois motoqueiros haviam passado e atirado pela janela e esse tiro havia atingido essa vítima fatalmente. Agora, ele diz ter sido um acidente, que arma estava no sofá ao lado dele, uma arma que o tráfico tinha entregue pra ele para fazer a própria segurança e teria disparado sozinha e atingido a vítima”, contou a delegada.
Ainda segundo as investigações da polícia, Sandra era usuária de drogas e Bruno era um ‘soldado do crime organizado’ e o chefe dele crime já foi preso em uma operação em Santa Catarina (SC).
“O Bruno é soldado do tráfico,. Inclusive, trabalhava para um integrante, um líder de uma facção criminosa que foi preso, também comandado nosso, no mês de março em Santa Catarina”, afirmou a delegada.
A delegada informou que como a Sandra era usuária de drogas ela acabava chamando atenção dos moradores e da polícia no local onde morava quando ela não conseguia os entorpecentes. Por isso, o chefe do tráfico dava ordens para que ela recebesse um “castigo”.
Comemoração
Nas redes sociais, Bruno chegou a comemorar a morte da tia. Testemunhas contaram à polícia que ele postou frases de faccionados fazendo relação com o crime. “Mas, quando Bruno ficou sabendo das investigações da polícia, ele começou a compartilhar fotos e mensagens de luto com a tia nas redes sociais numa forma de despistar a polícia”, disse adelegada.
As investigações da polícia também descobriram que cerca de um mês depois da morte de Sandra, outra irmã dela, identificada como Sigrid, também foi executada na mesma casa. Bruno contou a polícia que o mandante da morte de Sigrid foi Jefferson Silva, vulgo Jegue, que já foi preso em Santa Catarina. Bruno estava escondido no Tarumã na casa da mãe dele quando foi preso.