Search
Close this search box.

Mandante da execução de instrutor de jiu-jitsu era sócio e devia R$ 300 mil à vítima 

O crime aconteceu no dia 8 de março deste ano e, segundo a polícia, está relacionado ao comércio de ouro. Quatro pessoas foram presas

Manaus (AM) – Apontado como mandante da execução do instrutor de jiu-jitsu James Nascimento Mota, 49, Fabrício dos Santos Gonçalves, 42, era sócio da vítima e devia R$ 300 mil a ela. Além dele, mais três pessoas envolvidas no crime foram presas durante a operação Iscariotes, deflagrada por policiais civis da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na terça-feira (18/6), em Manaus. 

Segundo o delegado titular da unidade policial especializada, Ricardo Cunha, Fabrício e os comparsas Antônio Ricardo Gomes de Sá, 36; Carlos Inácio Ferreira de Souza, 35; e Kauã Iago Santos das Neves, 19, são criminosos de alta periculosidade. 

Conforme a delegada adjunta da DEHS, Marília Campello, as investigações revelaram que Fabrício foi o mandante do crime. Ele era sócio da vítima e dizia ser seu amigo.

“Fabrício, que trabalhava com ouro, devia cerca de R$ 300 mil a James.  Foi verificado que Fabrício se comprometeu a pagar um valor diário de R$ 5 mil como lucro desse investimento para a vítima, algo que ele claramente não tinha como sustentar a longo prazo, pois não há qualquer negócio que possa gerar um lucro tão exorbitante em cima do montante de 300 mil reais”, relatou Marília.

Ainda de acordo com a autoridade policial, durante as diligências foi possível identificar uma rede criminosa por trás do delito, com mandantes, intermediadores, apoiadores logísticos e o executor, os quais premeditaram o crime dias antes.

“Infelizmente, é um crime que choca pela motivação e pelos envolvidos. Em depoimento, o executor relatou que recebeu R$ 5 mil como pagamento, sendo R$ 1 mil via Pix e os outros R$ 4 mil em espécie, valor prometido por Carlos Inácio e Fabrício”, comentou a delegada.

Kauã Iago, o executor, não conhecia a vítima e aceitou a proposta pelo dinheiro, o que qualifica sua ação como torpe. O quarto indivíduo envolvido é Antônio Ricardo, responsável por pegar a motocicleta utilizada no crime oito dias antes em uma oficina no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste, e entregá-la para outra pessoa, que por sua vez entregou ao executor.

“Com o avançar das investigações, conseguimos localizar as carcaças da motocicleta no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste, durante a operação de prisão dos envolvidos e busca e apreensão”, finalizou.

Crime 

A vítima foi morta com disparos de arma de fogo no dia 8 de março deste ano, na rua 5 de Setembro, bairro São Raimundo, zona Oeste da capital. 
A vítima foi morta com disparos de arma de fogo no dia 8 de março deste ano, na rua 5 de Setembro, bairro São Raimundo, zona Oeste da capital. 

No momento do crime, a vítima, que estava estacionando em frente a uma academia de artes marciais com a janela do motorista do carro aberta, foi surpreendida pelo executor, que se aproximou em uma motocicleta e disparou cerca de cinco vezes. 

Após atingir James, o executor também efetuou um disparo contra um aluno que chegava ao local, porém não o atingiu em órgãos vitais.

Procedimentos

O quarteto responderá por homicídio qualificado por motivo torpe e meio que impossibilita a defesa da vítima. Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *