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Membro de quadrilha que aplicava ‘Golpe do IPVA’ no Amazonas é preso no Maranhão

Segundo a polícia, o grupo movimentou mais de R$ 200 mil com golpe nos seis primeiros meses deste ano.
Foto: Divulgação

Manaus (AM) — Suspeito de integrar um grupo criminoso que aplicava o ‘Golpe do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)’ em contribuintes amazonenses foi preso em Imperatriz (MA), na última sexta-feira (9/8), durante Operação Apate. A prisão do suspeito foi efetuada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), com o apoio da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA).

De acordo com a PC-AM, a operação teve como objetivo desarticular um grupo criminoso que criou sites falsos, no quais era reproduzidas a interface da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz-AM) e do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM). a ação criminosa tinha como intuito fraudar o recolhimento do IPVA dos contribuintes do Estado.

A operação ocorreu na sexta-feira, ocasião em que foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Imperatriz (MA) para apreender os instrumentos utilizados na criação dos sites falsos. Na ocasião, um dos investigados foi preso em flagrante e, também, apreendidos carros, aparelhos celulares, notebooks, tablets, cartões bancários, munições e outros itens, segundo o delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM).

“É importante frisar que as investigações iniciaram com base em uma informação trazida pelo Detran-AM. Então, é uma atuação conjunta e uma investigação muito minuciosa para conseguir tirar um site falso que estava causando prejuízo à população”, salientou Albino.

Investigações

De acordo com o delegado Paulo Benelli, titular da DERCC, as investigações começaram em março deste ano, após o registro de um Boletim de Ocorrência (BO) na unidade especializada, informando a existência de um site falso que tentava fraudar o recolhimento do IPVA dos contribuintes.

Os sites fraudulentos usavam dados reais da consulta pública de IPVA dos sites verdadeiros para apresentar informações precisas sobre as parcelas e ofereciam o recolhimento via Pix com 30% de desconto. As vítimas, atraídas pelas condições aparentemente vantajosas, acabavam caindo no golpe. Os pagamentos desse imposto deve ser realizado por meio de boleto bancário emitido diretamente nos sites oficiais da Sefaz-AM e do Detran-AM.

“Com as informações iniciais e com o site já tirado do ar, passamos a investigar e verificamos que possivelmente teríamos muitas vítimas, mas essas pessoas ainda não haviam identificado que realizaram o pagamento em um site falso. O site falso tinha o mesmo visual e layout do site original de licenciamento de pagamento”, detalhou Benelli.

Conforme a autoridade policial, apoiados em medidas judiciais e quebras de sigilos telemáticos, os policiais conseguiram identificar o IP de criação do site e detectaram que ele foi criado em Imperatriz (MA). Com a quebra do sigilo bancário das contas que recebiam os valores, foi verificado que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 200 mil no primeiro semestre deste ano.

O grupo criminoso atuava a partir do Maranhão e aplicava golpes em todo o Brasil. Uma operação semelhante foi deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina naquela mesma cidade. “Na casa de dois alvos, a pessoa que criou o site e a pessoa que teria recebido parte dos valores, foram encontrados notebooks e aparelhos celulares que registraram o domínio do IPVA falso, caracterizando assim o crime”, informou.

Alerta

O diretor-presidente do Detran-AM, Wendell Waughan, alerta a população para que tenha cuidado ao acessar as páginas, pois os descontos seguem uma progressão e estão descritos nos sites oficiais da Sefaz e do Detran. Os contribuintes que, por ventura tenham sido lesados, devem procurar a Polícia Civil e registar o Boletim de Ocorrência, para que as devidas providências sejam adotadas.

“Pode ocorrer que, em uma operação de trânsito, essa pessoa tenha que pagar novamente esse tributo. Então, o ideal é que a pessoa registre o BO junto à Polícia Civil e que tenha atenção nos sites de pagamentos”, relatou.

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