Membros do ‘tribunal do crime’ são presos por torturar, matar e jogar corpos no rio Negro

Manaus (AM) – Jackson de Oliveira Teixeira, 21, e Thyago Queiroz Andrade, 34, foram presos suspeitos de integrar uma facção criminosa que tortura, mata e joga os corpos de rivais no rio Negro durante o chamado “tribunal do crime”, em Manaus, na noite de segunda-feira (25). Seis membros do grupo seguem foragidos.

Conforme a polícia, o grupo atuava há mais de três anos na região, esquartejando os corpos das vítimas e jogando no rio Negro, para retardar o registro dos Boletins de Ocorrência (BOs) e dificultar as investigações.

De acordo com o delegado Fábio Aly, a investigação teve início no ano passado, após o desaparecimento de um jovem chamado Anderson Augusto Pacaio de Azevedo.

“Conseguimos identificar que o Jackson contribuiu para que essa vítima fosse ao local da execução, a mando o pai dele, para ser interrogada. Eles acreditaram que a vítima teria roubado a droga de um traficante da mesma facção”, explicou o delegado.

O delegado acrescenta que a intenção de Jackson, Thyago e de outras seis pessoas que estavam com eles, era fazer Anderson confessar ou entregar quem teria roubado a droga. Porém, durante a tortura, a vítima acabou morrendo.

“Acabaram torturando a vítima em excesso. Anderson morreu e eles esquartejaram o corpo e jogaram no rio Negro”, conta o delegado.

Entretanto, durante as investigações, a polícia descobriu que Anderson não era a primeira pessoa executada pelo tribunal do crime.

“Esse grupo atua ali há três anos já, nessa situação de tribunal de crime. Eles são conhecidos como Tropa da Canoa “, pontua.

Durante a prisão, que ocorreu no bairro Colônia Terra Nova, na zona Norte, a polícia encontrou com Jackson drogas e R$ 2.835 em espécie. Jackson, conforme a polícia, é um dos líderes do tráfico no bairro Compensa. O pai dele, identificado como Pedro Wask Teixeira, conhecido como “Belo”, é quem chefia a área e é considerado um criminoso de alta periculosidade.

Jackson e Thyago negam o crime, porém as investigações apontam a participação dos suspeitos. As investigações seguem para encontrar e prender os outros integrantes do grupo.

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