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Morre aos 78 anos o escritor e poeta amazonense Márcio Souza

(Foto: Reprodução)

Manaus (AM) – O renomado poeta e escritor amazonense Márcio Souza morreu na manhã desta segunda-feira (12), aos 78 anos. Segundo informações, ele teria sofrido um infarto e, apesar do atendimento no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do São Raimundo, não sobreviveu.

Nascido em Manaus em 1946, estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e escreveu grandes obras literárias como Galvez, O Imperador do Acre; A Caligrafia de Deus; Lealdade, pelo qual recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1997; e Mad Maria, seu livro de maior destaque e que deu origem à minissérie de mesmo nome, de Benedito Ruy Barbosa, produzida pela TV Globo em 2005.

Márcio Souza é amplamente reconhecido por sua significativa contribuição à literatura brasileira e à cultura do Amazonas. Desde cedo, sua paixão pela literatura foi incentivada por seu pai, um operário gráfico. Ao longo de sua carreira, Márcio não apenas produziu obras literárias importantes, mas também ocupou cargos públicos, incluindo a presidência da Funarte no governo Fernando Henrique Cardoso e a liderança do Conselho Municipal de Cultura em Manaus.

Obras e Legado

Outras obras notáveis são:

“A Floresta” (1980) – Um dos primeiros trabalhos de Márcio, onde explora a riqueza da flora amazônica com uma linguagem poética e vibrante.

“Os Búfalos de Manaus” (1984) – Um livro que combina prosa e poesia para oferecer uma visão única da vida e da cultura local.

“O Poeta e o Rio” (1992) – Uma coleção de poemas que dialoga com o Rio Amazonas, destacando a importância desse elemento na vida da região.

Márcio Souza era conhecido por seu estilo lírico e profundo, que captura a essência da Amazônia e suas complexidades. Sua escrita aborda temas como a natureza, a vida cotidiana e questões sociais com sensibilidade e inovação. Além de seu trabalho literário, ele desempenhou um papel fundamental na promoção da literatura amazonense e na preservação da cultura local, contribuindo para diversos eventos literários e servindo como referência para novos escritores da região. Sua influência é visível tanto na literatura quanto na valorização da cultura amazônica, consolidando-o como uma figura importante na cena cultural do Brasil.

Seu legado literário permanece como um testemunho da riqueza cultural e da diversidade da Amazônia.

Luto de três dias

O governador Wilson Lima lamentou, com grande pesar, o falecimento do escritor e decretou luto oficial de três dias no estado.

Em nota, o Governo do Amazonas relembra que Márcio Souza também teve destaque como cineasta e dirigiu o filme A Selva. Ele foi, ainda, professor assistente na Universidade de Berkeley e escritor residente nas universidades de Stanford, Austin e Dartmouth, além de ter sido diretor da Biblioteca Nacional e presidente da Funarte. Atualmente, atuava como diretor da Biblioteca Pública do Amazonas e ocupava a cadeira de nº 25 da Academia Amazonense de Letras.

“O governador Wilson Lima se solidariza à família e amigos do escritor e ressalta a importância que Marcio Souza teve para o estado, contando a história do Amazonas e da Amazônia para o mundo com imenso e singular brilhantismo”, finaliza a nota.

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