Corumbá (MS) – O Pantanal está em chamas mais uma vez. Imagens gravadas na BR-262, mostram o fogo consumindo a vegetação, às margens da rodovia. Segundo brigadistas do Prevfogo, o incêndio foi registrado na região do Buraco das Piranhas – a cerca de 150 km de distância da área urbana de Corumbá (MS).
O vídeo gravado dentro de um carro mostra as chamas consumindo a vegetação e a fumaça invadindo a pista, o que dificultou o trajeto dos motoristas. Nas imagens é possível ver que o motorista ficou com visibilidade mínima ao passar por parte do incêndio, no qual se formou um verdadeiro ‘corredor de fogo’.
Os números de área queimada até novembro de 2023 já são quase 200% superior ao registrado em todo o ano passado.
Conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as queimadas nos municípios de Corumbá (74,8%), Aquidauana (12,8%) e Porto Murtinho (10%), correspondem a 97,6% dos focos de calor no Pantanal.
O Corpo de Bombeiros orienta aos condutores a tomar cuidado ao transitarem no local, principalmente no período noturno, devido à visibilidade prejudicada pela fumaça densa, além do risco de os veículos serem atingidos por labaredas de fogo. O vídeo foi gravado na última terça-feira (14).
Na última terça-feira (14), o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nas cidades de Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana e Porto Murtinho, devido aos incêndios florestais
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), os militares e os órgãos ambientais têm acompanhado a situação no local. A previsão do tempo indica a possibilidade de chuva na próxima segunda-feira (20), o que deve contribuir para o combate aos incêndios.
O Corpo de Bombeiros informou que uma força-tarefa trabalha para controlar grandes incêndios no bioma Pantanal. Em dez dias, 84 mil hectares foram queimados no Pantanal somente em Corumbá – maior área pantaneira atingida por incêndios em Mato Grosso do Sul.
Até novembro deste ano, 947.025 hectares do bioma que se espalha por Mato Grosso do Sul e Mato Grosso já foram consumidos pelas chamas. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).
Fonte: g1