Manaus (AM) – Apesar de ter dado uma amenizada nos últimos dois dias, a fumaça que tomou conta da capital amazonense segue sendo um problema ambiental e de saúde. Por isso, o Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça Federal, em busca de respostas do Governo do Estado sobre o combate às queimadas no Amazonas.
O MPF pede a apresentação de documentos e provas , por parte do governo, que demonstrem todas ações tomadas para enfrentar esses fenômenos climáticos desde 2019.
Nesse sentido, a ação busca a comprovação de que não houve omissão governamental em relação ao desmatamento e controle de queimadas. Dessa forma, o Estado não deveria ser responsabilizado pelos danos ambientais e climáticos causados da poluição que atingiu níveis alarmantes a partir de outubro de 2023.
Esses documentos solicitados na ação , pelo MPF, são para justificar ou evitar o ajuizamento de uma ação futura que possa pedir a responsabilização ou a reparação dos danos ambientais.
No último mês, os índices de queimadas foram altíssimos e também por vários dias, a qualidade do ar foi considerada péssima. E esses danos à saúde , causados pela fumaça, também foram citados na solicitação do MPF.
O órgão mencionou o estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para afirmar que, nas áreas mais afetadas pelo fogo na Amazônia, o número de crianças internadas com problemas respiratórios dobrou.
Ainda de acordo com o Ministério Público Federal, embora o fenômeno El Niño venha causando eventos climáticos mais extremos, o principal vetor dos incêndios na região é o desmatamento. Segundo os especialistas, por ser uma floresta tropical úmida, não existe fogo natural na Amazônia.
