Manaus (AM) — Uma mulher identificada como Loyane Praiano Travassos foi presa, em Manaus, por suspeita de envolvimento em desvio de mais de de R$ 15 milhões, provenientes de pirâmide financeira. A prisão aconteceu na residência dela, na rua Mascarenhas, bairro Coroado, zona Leste, e foi efetuada por policiais civis do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), no último domingo.
A prisão de Loyane aconteceu durante ação conjunta entre policiais civis do 1º DIP, agentes do Pará e do Rio de Janeiro, que ocorreu, simultaneamente, nos três estados. Os outros dois presos foram identificados como Farley Felipe de Araújo da Silva, e Luiz Guimarães de Araújo Dias, que também atuavam no esquema milionário de desvio de dinheiro decorrente de estelionato praticados por um grupo empresarial.
O delegado Cícero Túlio, titular do 1° DIP, informou que os suspeitos fundaram um grupo empresarial de nome ‘Lotos’, que cooptava funcionários públicos a obter empréstimos de quantias vultosas. Posteriormente, os valores eram transferidos pelas vítimas para contas em nome dos autores, a pretexto de obtenção de lucros acima dos aplicados no mercado.
“No Pará as investigações ficaram a cargo da Divisão de Investigação de Operações Especiais (Dioe), no Rio de Janeiro foi pela 35ª. Durante as diligências, foi possível identificar que os autores administraram uma empresa de fachada criada com o fim de promover ilícitos comerciais na modalidade pirâmide financeira”, explicou o delegado.
Sobre a prisão da suspeita, Cícero Túlio pontuou que ela, que é natural do estado do Pará e é diretora escolar, já estava sendo investigada após acionamento dos policiais civis paraenses. “Farley Felipe e Jorge já haviam sido presos pela Polícia Civil do Amazonas durante a deflagração da Operação Esfinge, realizada em junho de 2023, quando na oportunidade foram presas 14 pessoas que integravam um grupo criminoso atuante no mesmo esquema de pirâmide financeira”, relatou o delegado.
Procedimentos
O trio responderá por estelionato. Loyane será encaminhada à audiência de custódia e, posteriormente, recambiada ao Estado do Pará. Eles ficarão à disposição da Justiça para responder pelos atos cometidos.