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NÃO ACABOU! Subida do rio Negro em Manaus não representa fim da seca, diz SGB 

Rio bateu recorde de baixa no dia 9 deste mês, quando chegou a 12,11 metros 

Manaus (AM) – Desde o início da semana, o rio Negro, em Manaus, tem registrado oscilações positivas no nível da água. A subida começou no último domingo (13/10), quando o Porto de Manaus registrou o aumento de 1 centímetro no nível da água.

De lá pra cá, as subidas ganharam mais força nesta quinta feira (17/10), e o rio Negro chegou a encher 5 centímetros, chegando a marca de 12,25cm.

Apesar de favorável, a subida é parte do processo de vazante, conforme esclarece a pesquisadora do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), Jussara Cury. “O rio Negro está passando por uma diminuição dessa intensidade de descida, estabilidade e até pequenas elevações, mas ainda não é o final da estiagem. Precisamos de chuvas consistentes e distribuídas tanto na região de cabeceira quanto na parte central da bacia para a recuperação dos níveis”.

No dia 4 deste mês, o rio Negro chegou a 12,66 metros, superando assim o que até então era a marca histórica de vazante de 12,70. Desde então, o rio seguiu baixando na capital, batendo seu próprio recorde dia após dia, até chegar a 12,11 metros na última quarta-feira (9/10), configurando um novo recorde histórico.

Comportamento similar foi observado em outras partes da Bacia do Amazonas, como na região do Rio Solimões.

Em Tabatinga, o rio apresentou estabilidade e voltou a subir alcançando a cota de 1,71 metros nesta terça-feira (15/10). No entanto, alguns trechos tiveram novas mínimas após terem estabilizado. É o caso do trecho de Fonte Boa, onde o Solimões apresentou redução, chegando à mínima de 7,14 metros. Na estação de Manacapuru, cidade mais próxima à Manaus, o rio chegou ao recorde de 2,06 metros na sexta-feira (11/10) segundo a Defesa Civil Estadual.

Mesmo diante das variações positivas, os níveis dos rios na Bacia Amazônica seguem em situação crítica de vazante.

A estimativa do Governo do Amazonas é de que mais de 800 mil pessoas já foram afetadas diretamente pela crise hídrica no estado. Comunidades ribeirinhas, que dependem dos rios para locomoção, pesca e abastecimento de água, continuam enfrentando dificuldades.

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