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No AM, trabalhadores em educação rejeitam nova contraproposta e mantêm greve 

Decisão da categoria será comunicada ao Governo do Estado na mesa de negociação, em reunião agendada para esta quarta-feira (31).

Manaus (AM) – Em assembleia nesta terça-feira (30), os trabalhadores em educação do Amazonas rejeitaram a contraproposta do Governo do Estado de 14% de reajuste salarial. Diante da decisão da maioria, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteam) informou que a greve continua. 

De acordo com o Sinteam, a decisão da categoria será comunicada ao Governo do Estado na mesa de negociação, em reunião agendada para esta quarta-feira (31).

O comando de greve do Sinteam informou que, nesta terça-feira (3), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) bloqueou as contas do sindicato e de todas as suas representações no interior do Estado, além de autorizar o desconto das faltas dos trabalhadores em greve. 

Em nota, o Sinteam informou que irá recorrer da decisão da Justiça, emitida pela desembargadora Joana dos Santos Meireles, que indeferiu o pedido de suspensão dos descontos salariais dos profissionais da educação do Amazonas e autorizou o bloqueio das contas do sindicato em R$ 210 mil. 

“O Sinteam já entrou com o recurso quanto à suspensão do movimento grevista e aguarda o período estabelecido para análise. O sindicato reafirma que cumpriu todos os ritos da greve e que a data-base salarial é um direito do servidor garantido em lei”, comunicou o sindicato em nota. 

O Sinteam deu início a uma campanha para arrecadar cesta básica aos trabalhadores que tiveram os maiores descontos.

Segundo o Sinteam, trabalhadores em greve chegaram a ter descontos de R$ 2,8 mil, conforme contracheque deste mês disponibilizado pelo governo estadual. A entidade alegou que, enquanto se discute se a greve é ilegal ou não – como alega o Governo do Amazonas – seria “temerário” autorizar os descontos salariais dos dias paralisados.

Negociação 

O Governo do Amazonas aumentou de 8% para 14% a contraproposta para o reajuste salarial da categoria, além da imediata retirada das faltas e o reembolso aos que tiveram os descontos em seus contracheques.

A greve da educação entrou na segunda semana.

O Sinteam pleiteia reajuste salarial de 25%, que correspondem à correção da data-base de 2020, 2021, 2022 e 2023, vale alimentação e auxílio localidade. No dia 18 deste mês, em reunião na Assembleia Legislativa do estado, o Governo do Amazonas apresentou contraproposta de reajuste de 8% aos servidores da Educação, mas o Sinteam rejeitou.

Na última terça-feira (23), o governo estadual informou que suspendeu as negociações com o Sinteam, e que só vai retomar o diálogo com a categoria quando a greve for suspensa. “A greve é uma ação considerada ilegal pela Justiça do Amazonas, com multa diária no valor de R$ 30 mil, e que tem prejudicado milhares de estudantes”, comunicou o governo, em nota.

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