Manaus (AM) – A nova ponte sobre o Rio Curuçá, na BR-319, deve ser entregue em setembro, quase três anos após o trágico desabamento que matou três pessoas em 2022. As obras, que ganharam ritmo acelerado no final do ano passado, já atingiram 75% de execução, com equipes trabalhando diariamente para cumprir o prazo estabelecido.
A estrutura é fundamental para o tráfego entre Manaus e Porto Velho, servindo como um dos principais acessos rodoviários na margem direita do Rio Amazonas. O colapso da ponte antiga escancarou os problemas crônicos de manutenção da BR-319, rodovia que há décadas é alvo de promessas de revitalização.
Atualmente, a montagem da superestrutura está em andamento, com a instalação de pré-lajes e vigas metálicas que pesam cerca de 17 toneladas cada. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) afirma que os 25% restantes da obra devem ser concluídos nos próximos meses.
Enquanto a nova ponte não fica pronta, o tráfego no local segue dependendo de uma solução improvisada: uma balsa fixa com acesso por pedras, implementada após meses de espera por uma alternativa emergencial. Paralelamente, o governo federal anunciou a pavimentação de 52 quilômetros da BR-319, a partir do km 198, como parte dos esforços para melhorar a rodovia.
O senador Eduardo Braga, que recentemente visitou o canteiro de obras, afirmou que o andamento está dentro do previsto. Ele também tem articulado com o Ministério dos Transportes e o DNIT a recuperação de outras pontes críticas na região, como as sobre os rios Autaz Mirim e Igapó-Açu.
A entrega da nova ponte em setembro marcará um importante passo na recuperação da infraestrutura da BR-319, rodovia vital para o escoamento de produtos e o transporte de passageiros na região Norte. A população aguarda ansiosamente o fim das obras, que prometem devolver a segurança e a fluidez a um trecho historicamente problemático.
