Em 2002, o Ministério da Saúde instituiu o dia 14 de janeiro como o Dia do Enfermo, uma data destinada a conscientizar tanto os profissionais de saúde quanto a população sobre a importância da atenção e do cuidado aos enfermos.
A professora de Enfermagem da Wyden, Josiani Nunes, destaca que o objetivo é sensibilizar para a necessidade de apoio integral a quem enfrenta uma doença. “Não é fácil passar por uma doença, muito menos sozinho. O apoio dos que estão próximos é fundamental para atravessar esse momento”, ressalta.
A humanização no ambiente hospitalar ganhou força há mais de 13 anos, com a implementação de um programa nacional para tornar os hospitais espaços menos duros e mais acolhedores. Segundo Josiani, a humanização vai além da relação entre profissional de saúde e paciente. “É também uma tentativa de reduzir o sofrimento causado pela doença, trazendo mais conforto e dignidade ao paciente”, pontua. Essa abordagem alerta profissionais, familiares e amigos sobre a importância de tratar o enfermo com carinho e afeto, especialmente em ambientes hospitalares, muitas vezes descritos como frios e angustiantes.
Um dos pontos centrais da recuperação é a importância do bem-estar psicológico e mental. “Prova-se que o indivíduo pode se reabilitar não apenas com medicamentos. O bem-estar emocional é imprescindível para uma recuperação mais rápida e menos dolorosa”, afirma Josiani Nunes.
Uma história de dedicação e evolução
A profissão de enfermagem possui uma longa história de dedicação ao cuidado dos enfermos. Na Idade Média, o trabalho era realizado por freiras e monges. Em 1860, Florence Nightingale deu início à enfermagem moderna na Inglaterra, com a fundação da primeira escola da área. No Brasil, o trabalho começou com os padres jesuítas nas Santas Casas, sendo a primeira fundada em Olinda, Pernambuco, em 1540. Ana Neri, um ícone da enfermagem brasileira, destacou-se como voluntária durante a Guerra do Paraguai, demonstrando coragem e dedicação ao próximo.
Hoje, a enfermagem é um curso superior com duração de quatro anos e diversas especializações. O enfermeiro tem a missão de promover estilos de vida saudáveis e atuar como agente de transformação social. “Prestamos cuidados não apenas ao paciente, mas à família e à comunidade, buscando sempre trazer conforto e qualidade de vida”, explica a coordenadora.
Por outro lado, o técnico em enfermagem, profissional de nível médio, atua sob supervisão do enfermeiro, participando de atividades de assistência, prevenção e reabilitação da saúde. Esses profissionais desempenham papel essencial na promoção do bem-estar dos pacientes e na segurança dos ambientes hospitalares.
A enfermagem como arte e ciência
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, estabelecido pela Resolução Cofen nº 564/2017, define a profissão como uma ciência, uma arte e uma prática social. Dentre suas responsabilidades, estão a promoção e a restauração da saúde, a prevenção de agravos e o alívio do sofrimento, sempre com foco na segurança e bem-estar dos pacientes.
O Dia do Enfermo convida todos a refletir sobre a importância do cuidado e da empatia.