Manaus (AM) – Nesta quinta-feira (12/2), foi iniciada uma obra para conter uma erosão no beco Aracuã, comunidade Santa Inês, no bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus. Desde novembro do ano passado, as equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) realizam estudos topográficos na área para viabilizar uma intervenção estrutural.
O secretário de Obras, Renato Junior, acompanhou a chegada das máquinas no trecho e vistoriou o início dos trabalhos. “Dentro de 45 dias, finalizaremos esse serviço”.
Ainda conforme o secretário, os engenheiros identificaram que o acúmulo excedente de lixo nos tubos da drenagem profunda corroborou para a abertura da erosão. “Desanelou um dos tubos da drenagem. Nós já havíamos feito o asfaltamento desta via e, hoje, por determinação do prefeito David Almeida, retomamos a atenção à comunidade para recompor o talude e implantar uma nova drenagem neste trecho”.
Renato estima a implantação de pelo menos dez metros de drenagem. “Entre oito a dez metros. Com isso, garantiremos que essa obra seja resolvida de forma definitiva, dando vida longa a esta drenagem aqui na comunidade Santa Inês. Nossos desafios são assim, todos os dias, em várias zonas da capital. Sabemos que ainda temos muito a fazer, mas muito temos feito para tentar mudar essa triste realidade”, afirma.
Atenção total
Enquanto se reunia com o corpo técnico, o secretário da Seminf foi abordado por moradores, que solicitaram atenção às ruas do bairro.
“Ao lado dessa erosão temos duas ruas onde aplicaremos asfalto, pois o acesso está bem ruim. Os moradores pedem que a melhoria seja feita para que os ônibus voltem a acessar a via. Sabemos que moram crianças, pessoas que realmente precisam desse acesso. O prefeito David, supersensibilizado, pediu que façamos esse trabalho”, anunciou.
Erosões
Além dessa, outras 19 áreas de encosta, consideradas de risco pela Defesa Civil, recebem trabalhos de contenção. São projetos tipificados como de “grande porte”, que requerem tempo alongado para execução. Essas áreas fazem parte de 62 pontos mapeados pelas equipes da Seminf, como sendo alvos de grandes intervenções.
Os técnicos apontam o descarte incorreto de lixo como principal causa para o desmoronamento. Segundo Renato Junior, o poder público deve fazer e tem que fazer, porque é seu dever o papel de cuidar também dessas áreas, mas a população tem que fazer sua parte.
“Esse lixo uma hora se volta contra nós, em forma de desmoronamento, cria um grande bolsão de umidade de água e acaba, inclusive, trazendo até óbitos, a exemplo do que tivemos no ano passado. O lixo vai parar em um bueiro e esse bueiro desanela, como foi o que ocorreu aqui. Cada área tem sua peculiaridade, mas em uma cidade onde há coleta de lixo diariamente, não há de se aceitar que o lixo seja descartado de forma irregular”, alerta o secretário.