Manaus (AM) – No próximo dia 7 de março, a partir das 18h30, na sede do Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas(Caua), na rua Monsenhor Coutinho, no centro de Manaus, acontecerá a Mostra de Filmes da Oficina de Produção Audiovisual – OPA Manaus, realizada em 2024 com apoio do Edital Manaus Identidade Cultural Audiovisual.
A Mostra é gratuita e exibirá os filmes Pintura Ancestral, dirigido e roteirizado por Thais Kokama, coordenadora do Cine Aldeia; Nunca Mais, com direção de Murilo Henrique, Dilema de Antônia dirigido por Orlando K Junior e Todas as Vozes, de ShaydsonSouza.
As oficinas aconteceram no Centro de Apoio Às Famílias (Cenaf) no Novo Israel, no Espaço Alternativo de Petrópolis, no Museu Amazônico e na Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja, no centro de Manaus. Cada turma recebeu cerca de 20 alunos, que ao final das aulas produziram um curta-metragem, totalizando quatro filmes. O coordenador do projeto é o produtor audiovisual Thiago Morais, que realiza as OPA’s há 7 anos.
Além de Thiago, o projeto recebeu como instrutores o compositor de Trilhas Sonoras César Lima, a profissional de Som Direto Helione Mireles, o Diretor de Fotografia Sidney Cad e Saleyna Borges, produtora audiovisual. Segundo Thiago, essa interação com outros profissionais segmentados fortalece o aprendizado e capacita os alunos. “As OPA’s são oportunidades de aperfeiçoamento por se tratar de oficinas gratuitas, que ao receber apoio por meio de editais, possibilitam que as oficinas cheguem a outros bairros e outros públicos. Esses filmes circulam em mostras e festivais, que acabam embasando a importância de oferecer capacitação profissional”.
E uma das alunas da OPA Manaus foi a indígena Thais Kokama, coordenadora do Cine Aldeia. Para ela, produzirseu curta ‘Pintura Ancestral’ dentro da OPA foi um processo rico e colaborativo.
“Tivemos a oportunidade de experimentar, aprender e construir um filme que valoriza a memória e a identidade. O ambiente da oficina favoreceu a troca entre diferentes olhares, e cada etapa – do roteiro à finalização – foi marcada por descobertas criativas. Foi inspirador ver o filme ganhar forma a partir do engajamento de todos, mostrando como o audiovisual pode ser um espaço de expressão potente.” O filme é uma obra que nasce do encontro entre histórias, referências e sensibilidades.
O aluno Murilo Henrique considera que a OPA tem sido muito importante para sua formação como produtor audiovisual. Cursos de cinema não são baratos, fazer filmes não é barato, e a OPA sendo um curso/oficina gratuita, dá uma oportunidade para quem gosta e quer fazer cinema.
Segundo ele, “Aprender essa arte, cercado por pessoas que tem a mesma vontade, o mesmo sonho que você é bem mais estimulante e deixa os desafios mais fáceis. Uma das coisas mais bacana da oficina é o aprender fazendo, claro que a teoria é muito importante, mas botar a mão na massa e sentir que está fazendo parte de algo é muito gratificante.”
O filme de Murilo teve no elenco o ator, diretor e roteirista Begê Muniz, da Jamary Filmes, que interpretou Edgar, inspirado na obra de Edgar Allan Poe.
Para Bege, foi uma boa experiência poder atuar em uma produção com gente nova que se dedica ao audiovisual, com uma vontade de fazer valer a linguagem e experimentar novos estilos e modos de realização cinematográfica no estado . “Isso pra mim é super importante, além de pra mim como dono de produtora em nosso estado, poder conhecer novos talentos que estão surgindo em nossa região, é sempre um aprendizado está em contato com novas produções e novos profissionais ou estudantes da área.”
Este projeto foi realizado por meio do Edital Nº 004/2023 – Manaus Identidade Cultural Audiovisual oferecido pelo Concultura da Prefeitura de Manaus e recebeu apoio da Cara de Gato Filmes, do CAUA, do CENAF, do Instituto Alternativo de Petrópolis, do Museu Amazônicoe da Biblioteca municipal João Pantoja.