Operações da Polícia Federal deflagradas hoje focam o combate a fraudes bancárias milionárias cometidas no Brasil e no exterior envolvendo criptomoedas e contra crimes de moedas falsas. Os mandados de prisão são cumpridos no Ceará, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina e São Paulo. No caso da Operação Criptocard, as fraudes consistiam na compra de criptomoedas com pagamentos por cartões na maior plataforma mundial de negociação, a Binance.
A investigação da PF na Operação policial Criptocard identificou esquema de lavagem de dinheiro no qual os ativos eram transferidos para outros usuários de forma sucessiva, no intuito de dificultar algum rastreio, ocultando assim como a origem e ao final, buscando dar aparência de licitude aos recursos.
O valor global do golpe aplicado aproxima-se de R$ 19 milhões e usava dados de cartões de crédito fraudados por meio de um “ataque” conhecido como “enumeration attack”. Os investigados utilizaram mecanismos que geraram de forma massiva números de cartões para realização de compras pela internet.
A origem desta investigação se deu a partir de informações preliminares compartilhadas pelo Serviço Secreto dos EUA da Embaixada dos EUA, como parte da cooperação policial entre autoridades brasileiras e norte-americanas, resultando em investigação formal da Polícia Federal, em ação capitaneada pela recém criada Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos – DCIBER – da Polícia Federal.
Cerca de 100 policiais federais cumprem 26 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal em cinco estados (CE, BA, MA, SC e SP).
Além dessa, uma outra operação, batizada de Carcará, da Polícia Federal (PF), também cumpre oito mandados de busca e apreensão no Grande Rio contra acusados de falsificar dinheiro e comercializar as cédulas falsas. Segundo a PF, o grupo usava as redes sociais para vender as notas falsas, as quais eram enviadas por correio para os compradores.
Os agentes descobriram um laboratório gráfico onde as cédulas falsas eram impressas. No local, foram encontrados papéis, impressoras, tintas, equipamentos de impressão, máquinas de cartão de crédito e notas prontas para entrar em circulação. No ano passado, mais de mil pacotes com um total de 200 quilos de notas falsas foram enviados da região onde a organização criminosa opera.
Fonte: Valor Econômico