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Operação da Polícia Federal prende acusado de fraudar benefícios do INSS no Amazonas

Foto: Divulgação PF

Manaus (AM) – Após um médico descobrir que seu nome, e sua assinatura, estavam sendo utilizados para liberação de benefícios ilegais no Amazonas a Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (14) a Operação Quinta Ilegal, que investiga fraudes em concessão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvendo agentes públicos.

Os policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão, em uma residência, em Manaus. “Objetivo da ação é dar fim às atividades de um fraudador que atua burlando a concessão de benefícios previdenciários”, informou a PF.

Após a investigação a PF identificou vários “beneficiários” que tiveram conceção do benefício de forma fraudulenta e durante a operação eles serão cancelados e bloqueados.

A operação ocorre após um médico denunciar que laudos em nome dele estavam sendo apresentados ao INSS para a concessão de benefícios sem o conhecimento dele. “Todavia, o profissional jamais assinou tais documentos”, afirmou a Polícia Federal.

De acordo com a PF, os prejuízos à União somam mais de R$c105 mil. “Contudo, há indicativos fortes de que o acusado atuou na intermediação de diversos outros benefícios fraudulentos, tendo em vista o grande número de requerimentos nos sistemas previdenciários vinculados a si”, destacou o órgão.

O investigado foi preso e, se for condenado, poderá cumprir pena de até 11 anos e seis meses de reclusão pro fraude de documento público. A Polícia Federal não divulgou o nome do homem investigado.

Operação em outros estados

A operação realizada em Manaus acontece um dia após a PF deflagrar, na manhã desta quarta-feira (13/9), a Operação Saque Fácil, com o objetivo de desarticular organização criminosa (Orcrim) estabelecida nos Estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia e especializada no cometimento de diversas fraudes contra beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Nacional (INSS)

Policiais Federais saíram às ruas para cumprir nove mandados de busca, dois mandados de prisão temporária e cinco mandados de prisão preventiva em Curitiba/PR, Uberlândia/MG e Porto Seguro/BA.

As investigações, iniciadas em março de 2023, revelaram que o grupo criminoso, há pelo menos cinco anos, fazia uso de documentos falsos para se passar pelos beneficiários e sacar, de forma indevida, benefícios previdenciários, bem como abrir contas bancárias e contratar empréstimos consignados. Restou também apurado que os integrantes da Orcrim lavaram o produto dos seus crimes efetuando milhares de depósitos fracionados e não identificados em suas contas bancárias.

O Juízo da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel/PR determinou o sequestro de 12 imóveis pertencentes aos integrantes da Orcrim, bem como o bloqueio dos recursos financeiros existentes nas contas bancárias por eles usadas até o valor de R$ 10 milhões por conta.

Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre os quais, organização criminosa, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, dentre outros, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 15 anos de prisão.

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