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Depois da Tumpex, Mamute é alvo da operação ‘Dente de Marfim’ e PF cumpre mandados em condomínios de luxo

Foto: Reprodução

Manaus (AM) – 24 horas após deflagrar a operação “entulho”, envolvendo donos da Empresa Tumpex, a Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal deflagram, na manhã desta quinta-feira (22/06), outra operação de combate a esquema fraudulento no ramo de empresa de limpeza pública, dessa vez “dente de marfim”, que tem como alvo a Empresa Mamute.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e o bloqueio de 30 milhões de reais de empresas de fachada emitiram mais de R$ 48 milhões em notas fiscais “frias”.

O objetivo das apreensões é obter provas relativas às operações fraudulentas utilizadas para esconder a os crimes de sonegação fiscal, obtenção de notas fiscais “frias” e lavagem de dinheiro.

Com a operação, os órgãos envolvidos apuram indícios encontrados durante as investigações de prática de diversos crimes, tais como: sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em residências de investigados e em empresas, supostamente ligadas à organização criminosa. Ainda foi deferido bloqueio no valor de 30 milhões de reais das contas bancárias e ativos financeiros, dentre outros bens de 34 pessoas físicas e jurídicas.

A ação é resultado de um relatório financeiro da Receita Federal, que apontou indícios de irregularidades ligadas a escritório de advocacia e contratações públicas.

A investigação

As investigações tiveram início há três anos, quando foram detectados indícios de que empresa que atua no ramo de limpeza pública comercializou com empresas de fachadas, consistindo na contabilização de despesas, produzidas a partir de notas fiscais de mercadorias e notas fiscais de serviços “frias”.

No âmbito da Operação Dente de Marfim, os Auditores-Fiscais da Receita Federal já identificaram, até o momento, a participação de 10 empresas, algumas de fachada, escritório de advocacia, órgão público municipal, além dos respectivos sócios das empresas, advogados e empregados da empresa de limpeza pública.

Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem inidôneas, entre os anos calendário de 2016 e 2021, no valor de R$ 48 milhões, com sonegação fiscal estimada em mais de R$ 21 milhões em tributos federais, desconsiderando-se multa e juros, uma vez que essas transações acarretaram a geração de créditos indevidos de PIS e Cofins, bem como reduziu as bases de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Os 16 mandados de busca e apreensão, foram expedidos pela 2ª Vara Criminal/SJAM – Especializada no Julgamento de Crimes de Lavagem de Capitais, Contra o Sistema Financeiro e Cometidos por Organizações Criminosas.

As medidas cautelares de busca e apreensão visam obter elementos que comprovem a prática dos crimes investigados, além de aprofundar a investigação sobre o destino dos recursos. Somadas, as penas dos crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e corrupção podem ultrapassar 30 anos.

O nome “Dente de Marfim” é uma alusão à empresa investigada, que tem o nome de um mamífero da mesma família dos elefantes e que foi extinto há mais de 10 mil anos, nesse caso a Mamute, que presta serviços à Prefeitura de Manaus desde a gestãoanterior, em 2016.

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