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Operação ‘Dente de Marfim’: vídeos mostram PF encontrando documentos que comprovam fraudes

Após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão em escritórios e residências dos envolvidos a Polícia Federal fez um balanço do trabalho dos polícias.
Foto: Reprodução

Manaus (AM) – De acordo com o delegado João Marcello Uchoa, que coordena a Operação Dente de Marfim, muitos documentos foram recolhidos, entre eles uma das nota fiscal que demonstra claramente uma fraude, o documento registra a compra de 50 mil metros quadrados de vidro de uma só vez. “Esse quantitativo corresponde ao maior edifício do pais, que fica em Balneário Camboriú (Santa Catarina)”, disse o delegado.

Os investigadores suspeitam que o fim do contrato entre a Mamute e a Prefeitura de Manaus ocorreu por desavenças. “A gente acredita que houve alguma desavença entre os empresários e a gestão municipal que resultou na saída dela da execução desse serviço”, afirmou Uchoa.

Contrato sob suspeita

A contratação da empresa Mamute e a permanência dela foi alvo de polêmica e diversas denúncias em 2016, isso porque uma das empresas que participaram do Pregão Presencial nº 115/2016 e que foi desclassificada por descumprir formalidades recorreu à Justiça para suspender a licitação.

Na época o juiz Paulo Fernando de Britto Feitoza , deu decisão favorável para que o processo fosse refeito, mas a Prefeitura de Manaus recorreu da decisão, em 2o grau, pedido que foi acatado pela desembargadora Encarnação das Graças Sampaio Salgado, que hoje está aposentada compulsoriamente pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por proferir, de forma irregular, decisões em plantões judiciais.

“Essa empresa que presta serviço de limpeza pública foi contratada inicialmente em 2016 em um processo sem licitação e perdurou no poder, na execução daquele serviço, a partir de uma decisão judicial de uma desembargadora hoje aposentada compulsoriamente”, disse Uchoa.

A Operação Dente de Marfim não é desdobramento da Operação Entulho, deflagrada na terça-feira (20), informou o delegado João Marcello Uchoa. Ele afirma, no entanto, que o modus operandi da empresa investigada na operação de hoje era o mesmo das empresas alvos da operação de terça-feira. Além disso, diferente da ‘entulho’, a operação de hoje envolve agentes políticos.

A operação que iniciou nas primeiras horas da manhã dessa quinta feira (22), mobilizou 70 policiais federais, que cumpriram 16 mandados de busca e apreensão. A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 30 milhões das contas bancárias e ativos financeiros, dentre outros bens de 34 pessoas físicas e jurídicas.

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