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Pais de menino que morreu após agressão em escola são indiciados por omissão de socorro em Manaus

(Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – A Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai), concluiu as investigações sobre a morte de Luís Eduardo Arcanjo Cordovil, um menino de 10 anos que faleceu em 4 de agosto devido a um edema cerebral causado por trauma contundente.

A delegada Joyce Coelho, responsável pela unidade especializada, informou que os pais do menino, uma mulher de 30 anos e um homem de 53 anos, foram indiciados por lesão corporal seguida de morte, devido à omissão de socorro.

“A investigação revelou que, embora a autoria da agressão tenha sido de uma criança que não pode ser responsabilizada penalmente, os pais da vítima falharam em prestar os cuidados necessários”, explicou a delegada. O caso será encaminhado ao Conselho Tutelar para acompanhamento.

A apuração começou após os pais de Luís Eduardo registrarem um Boletim de Ocorrência (BO) relatando que o menino havia sido agredido por um colega de classe no dia 1º de agosto. Segundo a versão deles, a agressão ocorreu após uma disputa entre as crianças, quando Luís Eduardo recebeu uma “rasteira” do colega enquanto voltavam para casa.

“Realizamos diligências para coletar depoimentos de familiares, profissionais de saúde e da gestão escolar. Apesar das alegações dos pais de que não havia hematomas ou escoriações, Luís Eduardo apresentou sintomas graves como vômitos, dores nas costas e dor de cabeça”, disse a delegada.

No dia seguinte à agressão, em 2 de agosto, mesmo com os sintomas evidentes, os pais levaram o menino para um sítio na zona rural de Autazes, a 113 quilômetros de Manaus. Só retornaram a Manaus quando o estado de saúde da criança se agravou, na madrugada de 3 para 4 de agosto. Ao chegarem a uma unidade hospitalar, Luís Eduardo já havia falecido.

Após a análise dos prontuários médicos, laudos e depoimentos, a delegada concluiu que houve omissão de socorro por parte dos pais, o que levou ao indiciamento deles. O casal responde pelo crime de lesão corporal seguida de morte e permanece à disposição da Justiça.

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