Parintins (AM) – Na abertura do 57º Festival de Parintins, nesta sexta-feira (28/6), o Boi Caprichoso, com o tema “Cultura – O Triunfo do Povo”, apresentou o subtema “Raízes: O Entrelaçar de Gentes e Lutas”. O espetáculo destacou as tradições e a história do boi-bumbá azul, emocionando o público. O evento acontece até domingo (30/6).
O presidente do bumbá, Rossy Amoedo, expressou otimismo e destacou o trabalho árduo realizado nos últimos meses, esperando surpreender o público nas três noites do festival.
“É um dia muito especial. Nos preparamos, incansavelmente, durante meses. E é hora de imprimir esse sentimento e tudo aquilo que nós pensamos ao longo desses meses nesse programa de planejamento”, disse Rossy.
O presidente do Conselho de Arte, Ericky Nakanome, destacou a organização e o planejamento que garantiram uma apresentação segura e impactante, com cinco módulos alegóricos e cores vibrantes.
“O que nos conforta é termos um boi extremamente planejado, organizado, pensado. Então, isso nos dá segurança para superar todas as questões técnicas e tradicionais do Festival de Parintins”, disse Ericky.
Assistindo no meio da galera, como item 19, a professora Thayna Liartes acredita que o Caprichoso tem grande chance de alcançar o título de tricampeão.
“É a primeira vez que eu venho ao festival. E eu tenho certeza que o tri vem. Minha expectativa está lá em cima, já estou preparada. Sou um item. E do meu boi eu vim triunfar”, declarou a jovem.
Destaques
O Touro Negro encantou o público com uma performance aérea, trazendo o apresentador Edmundo Oran, o levantador de toadas Patrick Araújo e o boi içados por um guindaste.
O espetáculo contou com alegorias gigantes, toadas tradicionais e entradas marcantes, como a da cunhã-poranga Marciele Albuquerque, que encantou ao se transformar em serpente, com a lenda amazônica “A Dona da Noite”, obra do artista Roberto Reis.
O boi-bumbá Caprichoso encerrou sua apresentação com o líder Yanomami Davi Kopenawa na arena. O indígena é figura central da alegoria de Motokhari, para o Ritual Indígena, que teve a interpretação do Pajé Erick Beltrão. A obra é de autoria do artista de ponta Algles Ferreira e equipe.