Manaus (AM) – Serviços e ações de educação em saúde foram levados à comunidade indígena Parque das Tribos, no bairro Tarumã-Açu, zona Oeste de Manaus, nesta quarta-feira (21), das 8h às 12h, como parte de evento referente ao Dia Estadual de Combate à Violência Obstétrica, celebrado nesta data.
No evento, realizado pelo Comitê Multi-Institucional de Enfrentamento da Violência Obstétrica, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e a Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), as equipes da secretaria municipal promoveram uma roda de conversa sobre direitos da mulher durante o parto e o pós-parto, e ofertaram serviços de saúde aos moradores, incluindo aplicação de vacinas, consultas médicas e de enfermagem e testagem rápida para HIV, sífilis e hepatites virais.
A técnica responsável pelo Pré-Natal na Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Semsa, enfermeira obstetra Gerda Costa, destacou ainda a ação da Defensoria para a emissão de documentos de identificação, como parte de uma campanha de erradicação do sub-registro civil, e que em última análise também vai assegurar direitos de gestantes e mães da comunidade indígena.
“Queremos identificar as grávidas que estão sem registro de identidade para que, no momento do parto, já tenham esse registro em mãos e possam ter acesso à Declaração de Nascido Vivo (DNV) dos seus respectivos filhos”, explica a enfermeira.
A defensora pública Suelen Paes relatou que a ação conduzida pela Defensoria Especializada em Registros Públicos busca atender uma demanda observada durante outras ações sociais realizadas pela Defensoria na capital.
“Identificamos que boa parte da demanda é de segunda via de documentos e relacionadas à certidão de nascimento. Estamos fazendo uma triagem e informando as pessoas o que elas precisam reunir de documentação para que, numa próxima oportunidade, podermos viabilizar o atendimento”, destacou a defensora.
Uma das moradoras do Parque das Tribos atendida na ação foi Clara Inês Dias, grávida de 29 semanas. Ela aproveitou não só para solicitar a segunda via do documento de identidade como também para saber mais sobre os direitos durante a gestação até o pós-parto.
“É muito importante esse tipo de ação, porque, às vezes, a gente não conhece os direitos da mulher e aqui a gente fica sabendo mais sobre esses direitos na prática”, concluiu.