Manaus (AM) – O piloto Leandro Costa de Souza trabalhava havia quatro anos na empresa Manaus Aerotáxi, proprietária do avião envolvido no acidente que matou 14 pessoas em Barcelos no último sábado (16). De acordo com uma irmã do piloto ele tinha grande familiaridade com o trajeto entre Manaus e Barcelos.
Leidiana Costa disse que o irmão era conhecedor do trajeto porque há cerca de 10 anos fazia essa rota praticamente duas ou três vezes na semana. Inclusive, no dia do acidente, na programação tinha dois voos para Barcelos, para levar grupos de pesca. Em relação ao avião do acidente, o Embraer EMB-110P1, conhecido como Bandeirante, Leandro tinha muita experiência com o modelo, somando mais de 6 mil horas de voo nesse tipo de aeronave.
Leandro de Souza é natural de Boa Vista e deixa mulher e uma filha de 5 anos, ele vivia desde 2007 em Manaus, onde exercia sua profissão e já havia trabalhado em três empresas de táxi aéreo na região.
Como foi o acidente?
Chovia muito na área do aeroporto de Barcelos, no momento em que o avião tentou realizar o pouso, no último sábado (16), por volta de 15:00, e de acordo com informações preliminares do governo do estado, o clima pode ter sido um dos fatores que causaram o acidente, por conta da visibilidade baixa.
Dois outros voos, que também iam para Barcelos, optaram por retornar para Manaus, mas Souza e o copiloto Fernando Galvão decidiram tentar o pouso.
A aeronave não apresentava problemas mecânicos, estava em situação regular, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), e tinha autorização para ser utilizada em serviços de táxi aéreo. A empresa Manaus Aerotáxi está habilitada a explorar a atividade de táxi aéreo há pouco mais de um ano, de acordo com registro na Anac.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Vinícius Almeida, afirmou que os relatos preliminares dão conta de que o avião já tocou o solo na metade da pista e não teve espaço o suficiente para pousar. Uma reforma na pista do aeroporto de Barcelos estava programada para começar em 25 de setembro, de acordo com Vinícius Almeida, apesar disso, as autoridades sustentam que o local tinha condições normais de funcionamento.
Além do piloto e do copiloto, 12 passageiros morreram no acidente. Eles eram turistas que estavam a caminho de Barcelos para praticar pesca esportiva em rios da região.
