Presidente Figueiredo (AM) – Programa Municipal Kinja de Recomposição de Aprendizagem, registrou maior avanço entre as cidades brasileiras, com 72% alunos alcançando o nível máximo em compreensão e divisão em língua portuguesa e matemática.
O ano letivo nas escolas da rede municipal de Presidente Figueiredo começa na próxima quarta-feira (21/02), com motivos de sobra para comemorar: mais de 72% dos 1.261 alunos, identificados com dificuldade de aprendizagem nas disciplinas de língua portuguesa e matemática, no retorno das aulas presencias, após a pandemia da covid-19, saíram do nível iniciante, em 2023, quando foi feito o diagnóstico e, hoje, estão no nível avançado em compreensão e divisão.
De acordo com o secretário municipal de Educação (Semed), Rodolfo Oliveira, o resultado exitoso alcançado na recomposição do aprendizado dos estudantes é fruto dos investimentos realizados pela prefeita Patrícia Lopes, que investiu na formação continuada dos professores e demais profissionais da área, visando a melhoria da qualidade do ensino público ofertado nas escolas municipais.
“A melhoria dos indicadores está refletida em toda a rede municipal de Educação. Trabalho esse, que começou com a responsabilidade da nossa gestora Patrícia Lopes, que nos deu liberdade para avaliar, planejar e executar todos os projetos necessários para alcançar a melhoria da qualidade na prestação do serviço público, em todas áreas da administração. Assim foi feito na Semed. Ela investiu em assessoramento técnico, formação continuada, parcerias corretas e adequadas”, destaca o secretário.
Rodolfo Oliveira, que cita o Programa Municipal Kinja de Recomposição de Aprendizagem, idealizado pela equipe técnica da Semed, com objetivo de superar as perdas de aprendizagens dos alunos das escolas municipais, alfabetização e ensino fundamental, ocorridas ao longo dos últimos dois anos de aulas remotas, durante a pandemia da covid-19.
Para dar início à execução do programa, um grupo de 43 professores e 25 pedagogos da rede municipal de ensino participaram de curso de formação, ministrado pela Elos Educacional, em parceria com Instituto Gesto e Vetor Brasil, uma organização sem fins lucrativos, criada e mantida pela Fundação Lemann, a partir de uma evolução do programa Formar, programa de aprimoramento da gestão pedagógica e administrativa.
“Alcançamos o maior avanço na recomposição de aprendizagem entre as cidades brasileiras. Tínhamos 1.261 alunos com perdas de aprendizagem, cerca de 16% do total de estudantes atendidos na nossa rede, que soma mais de 8 mil estudantes e, hoje, mais de 72% desse grupo, saiu do nível iniciante para o avançado, em compreensão (língua portuguesa) e divisão (matemática). Algo muito significativo e necessário, diante da conjuntura no pós-pandemia em nossa rede, que atende mais de 8 mil alunos. A gestão Patrícia Lopes tem como prioridade o direito do aluno ao aprendizado integral”, afirma Maria Rutiene Santarém Carneiro, coordenadora pedagógica da Semed.
Doutora em Educação, Rutiene Carneiro, destaca a importância da avaliação em rede, ferramenta implantada no município, na atual gestão municipal, que compreende a realização permanente de diagnósticos, análise de resultados e criação de estratégias para amenizar as lacunas, que são visíveis nos resultados, para alcançar uma educação pública de qualidade.
Os dados com os indicadores do programa Municipal Kinja de Recomposição de Aprendizagem foram apresentados durante a jornada pedagógica, realizada no final de semana, em preparação para a abertura do ano letivo de 2024, nas escolas da rede municipal de ensino.
“Saímos, em 2023, no segundo semestre do ano, do nível abaixo do básico para o básico e, a nossa meta agora em 2024, é chegar ao avançado”, afirma Rutiene Carneiro.
De acordo com a coordenadora, a recomposição da aprendizagem dos alunos, reflete na melhoria da autoestima deles, que passam a se sentir mais integrados e que deixam de sofrer discriminação, algumas vezes, por não acompanharem o ritmo da classe.
Programa Kinja
O programa municipal Kinja de Recomposição de aprendizagem utiliza a metodologia Aprendizagem em Nível Adequado (ANA), um dos instrumentos do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que avalia os níveis de alfabetização e letramento em língua portuguesa, a alfabetização em matemática e as condições de oferta do ciclo de alfabetização das redes públicas.
O nome do programa é uma homenagem ao povo Waimiri Atroari, que se autodenomina Kinja. O termo significa “gente de verdade”. Os Waimiri Atroari são originários de Presidente Figueiredo e durante a construção da BR 174 foram praticamente dizimados.