Manaus (AM) – Acusado de abusar sexualmente de alunos, o professor de Jiu-jítsu, Alcenor Soeiro, 57, dava banho nos alunos e dopava as vítimas para estuprá-las, segundo apontou as investigações da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), divulgadas nesta segunda-feira (25/11).
De acordo com a delegada adjunta Débora Ponce, os abusos aconteciam durante as estadias, período de competições, e na casa do acusado. Entre as vítimas está um campeão amazonense de jiu-jítsu.
Ainda segundo as investigações, o professor dava banho nas vítimas adolescentes e aproveitava a ocasião para tocar nas partes íntimas deles.
“Um dos atletas começou a ser abusado sexualmente em meados de 2018, quando tinha 9 anos. Diante de todos esses relatos, nós angariamos o indício da autoria, a materialidade, e representamos pela prisão temporária dele”, disse Ponce.
O acusado foi preso em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, enquanto participava de um campeonato com alunos.
“Ele será recambiado para Manaus o mais rápido possível, já estamos trabalhando nisso. Até o momento, temos cerca de 12 vítimas e temos uma média de seis vítimas ainda para serem ouvidas. Possivelmente, depois da prisão do autor, pode ser que apareçam outras vítimas”, informou a delegada.
“Esses garotos, no primeiro momento, tinham um encantamento pelo suspeito, uma vez que ele é um professor renomado de jiu-jítsu, mas só depois de um tempo eles perceberam o que realmente estava acontecendo. As vítimas, inclusive, tinham vergonha de contar para os os pais e esse foi um ponto que precisou ser alcançado pela equipe multidisciplinar”, explicou a delegada.
Prisão
Alcenor Soeiro estava foragido da Justiça do Amazonas acusado de pedofilia e foi preso no último sábado (23/11), em Balneário Camboriú. Ele participava de um evento esportivo, com crianças e adolescentes. De acordo com a polícia, o homem planejava fugir para Dubai.
A ação foi realizada em conjunto com a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil do Amazonas, que acionou a unidade especializada de Santa Catarina para prestar apoio operacional na busca pelo foragido.