Manaus (AM) – A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o Instituto de Inteligência Socioambiental Estratégica da Amazônia (Piatam) apresentaram, nesta sexta-feira (10), um balanço da 2ª edição da Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus (FesPIM). Organizado de forma conjunta entre as duas instituições, o evento foi realizado no período de 7 a 9 deste mês, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, em meio às discussões políticas em torno da Reforma Tributária e dos resultados (positivos) que ela traria para a Zona Franca de Manaus (ZFM).
Na capital federal, durante os três dias de feira, a FesPIM 2023 reuniu um universo de pessoas, entre personalidades da indústria, políticos, gestores de institutos de ciência e tecnologia (ICTs), nomes da televisão e da música, universitários, estudantes (níveis fundamental e médio) e demais interessados (de todas as idades) em conhecer o que hoje é produzido no Polo Industrial de Manaus (PIM).
Como instrumento de defesa e, principalmente, de propagação do desenvolvimento econômico e conservação ambiental da Amazônia, a segunda edição da FesPIM foi marcada por uma exposição de produtos variados, inovações em diversos níveis (do artesanato à tecnologia de ponta), que são fabricados no seio da floresta por gente da floresta. Como destaca o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva.
“Nosso sentimento é de gratidão a todos que puderam comparecer e prestigiar o evento que representa um novo formato de comunicação da Zona Franca de Manaus para o Brasil e o mundo. A Fespim veio para ficar e, como tenho dito, funciona como uma simbiose da sustentabilidade com a produção industrial da Amazônia, no seio da floresta. E aqui eu quero destacar a participação das empresas, da UEA (Universidade do Estado do Amazonas), dos institutos que se utilizam da Lei de Informática e apresentaram as entregas feitas a partir da pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). Nossos agradecimentos à bancada federal, que tem travado uma luta intensa em defesa do projeto e do povo amazônida; à imprensa; aos servidores da Suframa pelo empenho, profissionalismo e comprometimento; à Ekco Produções, na pessoa do Orsine; e, como não poderia deixar de ser, ao Instituto Piatam, pela grande parceria”, disse o superintendente.
Aos visitantes, a Suframa repassou informações relevantes – via materiais informativos e vídeos institucionais – do papel dela enquanto Autarquia, no Amazonas e nos estados do Acre, Rondônia, Roraima e Amapá.
O evento levou a Brasília gestores e técnicos de grandes e médias empresas, distribuídos em 30 estandes, além de reunir em “mesas-redondas” (de debates) cerca de 17 grandes nomes do universo científico e empresarial, no Brasil e no mundo.
Na avaliação do presidente do Instituto Piatam, Alexandre Rivas, a FesPIM atingiu os objetivos pretendidos, a começar pela organização, a participação das empresas e, principalmente, da juventude.
“Foi extremamente importante para o público que esteve visitando a feira, e também por conta da presença de quase toda a bancada do Estado na abertura, além da grande repercussão na mídia, tanto em Brasília quanto no Amazonas. Nós tivemos as mesas-redondas, que foram um sucesso tremendo por trazerem, ao debate, vários assuntos relevantes. E para mim, particularmente, o maior retorno veio de uma conversa informal com um jornalista, enquanto caminhávamos na feira: ‘professor eu ouvi desses jovens aqui na feira a expressão de que não sabiam que existia isso lá no Amazonas. Eu pensei que lá fosse só floresta. Eu quero estudar e quero ir trabalhar lá’. Então, isso para mim foi o mais positivo de tudo”, confidenciou Rivas.
Mais em 2024?
A repercussão foi tão positiva que, será trabalhada a possibilidade de se realizar a terceira edição da FesPIM já em 2024, na cidade de São Paulo, conforme anunciou o empresário e diretor-executivo da Ekco Produções, Orsine Oliveira. O objetivo é promover a sustentabilidade na região amazônica, alinhada à tecnologia do que hoje é produzido dentro do projeto, em mais de 50 anos de ZFM.
“A feira chegou para ficar e sempre será um instrumento de propagação de que o nosso polo gera sustentabilidade, preservação da floresta em pé, emprego e renda, tributo e muitos bens duráveis. É quase que impossível, um brasileiro não ter um produto seu, na sua casa, produzido na Zona Franca de Manaus. E Deus quis assim que a FesPIM acontecesse justamente em dia de votação dessa reforma, na hora em que o centro político brasileiro discutia isenção tributária, imposto, ganho de capital, e aqui a gente veio para dizer que, além de tudo isso, a Zona Franca gera um ganho ambiental. Até 2024, em São Paulo!”, sugeriu o empresário.