Manaus (AM) – Após denúncia anônima, uma rinha nacional de galos no ramal do Pau Rosa, na BR-174, no Amazonas, foi desmontada neste sábado (27/1) por equipes da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAMB) e Comissão de Proteção aos Animais da Assembleia Legislativa do Amazonas (CPAMA-Aleam).
No local, mais de 80 galos foram apreendidos e resgatados e cerca de 16 rinheiros foram detidos e levados para a delegacia da área. As anotações das apostas, nome dos donos dos galos e informações sobre 200 pessoas envolvidas com as rinhas foram encontradas no local.
De acordo com informações de testemunhas, os realizadores das rinhas são de Boa Vista (RR) e cobravam R$ 100, por pessoa, para a entrada do evento criminoso, e as apostas mínimas eram de R$ 500, variando de R$ 10 mil a R$ 20 mil. A prática é considerada crime de maus-tratos, pois os animais são condenados a lutar até a morte.
Segundo informações, a rinha nacional tinha fins lucrativos, com participantes de outros estados, como Bahia, Roraima, entre outros.
Os animais resgatados foram encontrados em situação de maus-tratos, com lesões peitorais, nas asas, com hipertermia (aumento da temperatura corporal do animal devido à exposição excessiva ao sol e ao calor), alguns cegos e sem esporão. No local também foi encontrado esporão artificial e galos mortos.
No local onde os animais estavam alojados era espaço pequeno, gradeado e sem a devida limpeza e alimentação.
Rinha no Amazonas é crime
Conforme Lei Estadual nº 6.423/2023, é proibida a prática de brigas (rinhas) de animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos no Amazonas.
A pessoa denunciada e condenada por praticar rinha será multada no valor de R$ 1,5 mil, podendo chegar até R$ 20 mil, dependendo da infração e do estado do animal.