Manaus (AM) – Após atingir uma das maiores secas registradas na história, o nível do Rio Negro, que banha a capital amazonense, apresentou estabilidade por dois dias, mantendo-se em 12,11 metros. No último dia 4 de outubro, o rio chegou a 12,66 metros, marcando a maior seca desde o início das medições há 122 anos.
Nos dias que se seguiram, o rio registrou quedas constantes, com uma redução de 12 cm desde o último domingo (6). Na quarta-feira (9), o nível baixou mais 6 cm, alcançando 12,11 metros, medida que se manteve estável até a quinta-feira (10).
De acordo com o Porto de Manaus, desde o início da vazante, o Rio Negro já sofreu uma redução de 14,74 metros. Em razão da gravidade da estiagem, a capital amazonense entrou em estado de emergência no dia 11 de setembro.
O decreto nº 5.983 autorizou a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg) e a Secretaria Executiva de Proteção e Defesa Civil (Sepdec) a tomar medidas para mapear os riscos e mitigar os efeitos da seca, que impacta severamente a vida dos moradores e o meio ambiente.
Interdição da Praia da Ponta Negra
A Praia da Ponta Negra, na zona oeste de Manaus, foi interditada para banhistas desde 17 de setembro, por um período de 90 dias. A decisão foi tomada por razões de segurança, para prevenir afogamentos devido a mudanças perigosas no terreno do rio, como desníveis e depressões. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) forneceu o laudo técnico que embasou a interdição.
O Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) instalou placas informativas sobre a interdição para alertar os frequentadores da área.