Manaus (AM) – A seca dos rios no Amazonas levou a Prefeitura de Rio Preto da Eva, no interior do estado, a implementar um racionamento de água a partir desta segunda-feira (9). A medida foi anunciada pelo prefeito Anderson Sousa por meio das redes sociais, visando preservar os recursos hídricos durante a crise.
Todos os 62 municípios do Amazonas estão em situação de emergência devido à seca extrema e às queimadas que afetam a região. Em Rio Preto da Eva, a situação já havia levado à adoção de racionamento em 2023, e agora, diante de uma estiagem ainda mais severa, a medida volta a ser necessária.
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) vai interromper o fornecimento de água entre 23h e 5h, para permitir a recuperação dos níveis dos poços, que estão muito abaixo do recomendado. O prefeito pediu que a população use a água com responsabilidade. “Precisamos dar tempo para que o lençol freático se recupere e possamos manter o abastecimento nas caixas d’água. Contamos com o bom senso de todos”, declarou.
Hiran Filizola, diretor do SAAE, reforçou a gravidade da estiagem e a importância da colaboração da população. “Esta seca é ainda pior que a de 2023. Pedimos que todos façam reservas e evitem desperdício, para que possamos atravessar esse momento crítico.”
A seca no Amazonas
Em 2024, a estiagem no Amazonas começou a mostrar seus primeiros sinais já em julho, e especialistas apontam que esta poderá ser a pior seca já registrada no estado. Todos os municípios do estado enfrentam uma emergência ambiental, e mais de 330 mil pessoas já sofrem com as consequências da falta de água.
Além disso, a seca extrema expõe o isolamento do Amazonas, já que a BR-319, única rodovia que conecta o estado ao restante do país, se torna praticamente intrafegável devido às condições precárias, agravadas pela estiagem.