Rios do Amazonas devem atingir cheia severa, mas sem bater recordes, alerta SGB

Manaus (AM) – Os rios do Amazonas devem atingir níveis de cheia severa nos próximos meses, segundo o 2º Alerta de Cheias divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) nesta quarta-feira (30). Embora não devam bater recordes históricos, as previsões indicam riscos significativos para várias cidades da região. Em Manaus, o Rio Negro tem 42% de probabilidade de alcançar os 29 metros, marca considerada de inundação severa. As projeções foram feitas com 45 dias de antecedência em relação ao pico das cheias e abrangem municípios como Manacapuru, Itacoatiara e Parintins, onde vivem mais de 2,3 milhões de pessoas.

De acordo com as estimativas, o Rio Negro em Manaus deve atingir cerca de 28,91 metros, podendo variar entre 28,38 e 29,45 metros. Em Manacapuru, o Rio Solimões pode chegar a 19,63 metros, com 53% de chance de superar a cota de inundação severa de 19,60 metros. Já o Rio Amazonas em Itacoatiara tem previsão de 14,57 metros, com 94% de probabilidade de ultrapassar os 14,20 metros que caracterizam inundação severa. Em Parintins, a expectativa é de que o rio atinja aproximadamente 8,64 metros.

André Martinelli, gerente de Hidrologia do SGB, explicou que os números confirmam as previsões do primeiro alerta, indicando uma cheia expressiva, porém menor que os recordes de 2021. Os níveis projetados ficam entre 60 centímetros e 1,20 metro abaixo das marcas históricas. Alice Castilho, diretora do SGB, destacou que o comportamento hidrológico deste ano foi influenciado pelo atraso na cheia do Rio Madeira, que ocorreu em meados de abril, cerca de 15 dias depois do habitual.

O SGB trabalha em conjunto com o Censipam, Inpa e Defesas Civis para monitorar a situação e planejar ações preventivas. O sistema de alerta hidrológico da instituição acompanha 17 bacias em todo o país, fornecendo informações que beneficiam mais de 7 milhões de pessoas. As previsões servem para orientar os órgãos públicos no gerenciamento dos impactos das cheias, especialmente em comunidades vulneráveis.

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