Roubo de drogas para venda a traficantes leva delegado e policiais para trás das grades

A prisão do grupo suspeito, que já era investigado pela prática, aconteceu após denúncia anônima
Foto: Erlon Rodrigues / PC-AM

Manaus (AM) — Um delegado, três investigadores, e sete policiais (cinco militares e dois civis) foram presos por suspeita prática de “arrocho”, prática na qual drogas são apreendidas de criminosos e vendidas a outros grupos criminosos, em Manacapuru, município distante 68 quilômetros de Manaus. Os detalhes da prisão foram divulgados nesta segunda-feira (25/3), pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM).

Os suspeito são Os presos são o delegado Ericson de Souza Tavares, titular do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), os investigadores Eliezio Alencar de Castro, Anderson de Almeida Maia e Alessandro Edwards da Cruz, o sargento da PM, Alexandro Conceição dos Santos, os cabos Jozimo Diniz da Silva, Eldon Nascimento de Souza, Ueslei Rodrigues da Silva, Kemer Cruz Pimentel, Edvaldo Ewerton Pinto de Souza e o ex-policial militar Germano da Luz Júnior.

De acordo com informações apresentadas durante coletiva de imprensa, todos são suspeitos de extorsão mediante sequestro, associação criminosa, ameaça, entre outros crimes. Conforme o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, a dinâmica adotada pelo grupo era abordar as pessoas envolvidas com o crime, extrair as ilicitudes e cometerem outros crimes.

Já o comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), Klinger Araújo, destacou haver várias denúncias contra o grupo. “As informações apontavam haver servidores da área de segurança envolvidos em casos de extorsão. Então, tínhamos essa comunicação para tentarmos identificar os envolvidos, até que ontem aconteceu essa ocorrência em flagrante”, pontuou.

Denúncia anônima

As prisões aconteceram após denúncia anônima, na qual era informado que os suspeitos estavam com armas de numeração raspada e um carro com identificação adulterada. “Eles estão presos preventivamente por extorsão, adulteração de veículo automotor e porte ilegal de armas”, frisou o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga.

Com os suspeitos, foram apreendidos armamentos da corporação e outros de fora, veículos com sinais de adulteração, capas de coletes, placas balísticas, balacravas, carregadores e munições. “As investigações serão prosseguidas e medidas administrativas serão tomadas pela Corregedoria em relação aos envolvidos”, assegurou Fraga.

Atuam nas investigações, também, o Grupo de atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) e a Promotoria de Justiça de Manacauru.


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