Rússia e Ucrânia concordam com cessar-fogo parcial

Foto: Reprodução

Kiev – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou nesta terça-feira (25) que uma trégua no Mar Negro e em ataques a instalações elétricas entrou em vigor imediatamente. Ele alertou, no entanto, que buscará mais armas dos Estados Unidos e novas sanções contra a Rússia se Moscou descumprir o acordo.

Acordos de segurança e trégua

  • Mar Negro: Rússia e Ucrânia concordaram em garantir a navegação segura na região.
  • Setor elétrico: Ambos os países se comprometeram a suspender ataques a infraestruturas energéticas por 30 dias, a partir de 18 de março.

O Kremlin confirmou o acordo, afirmando que as medidas visam reduzir as tensões. Os EUA, que mediaram os entendimentos, disseram ter fechado acordos separados com Kiev e Moscou.

Zelensky cobra apoio de Trump em caso de violação

Em entrevista coletiva, Zelensky declarou:

“Se os russos violarem [o acordo], então eu tenho uma questão direta para o presidente Trump. Se eles violarem, aqui estão as evidências — pedimos sanções, pedimos armas, etc.”

A declaração sugere que o governo ucraniano está preparado para pressionar os EUA por mais apoio militar e econômico caso a Rússia não cumpra os termos.

Contexto da guerra

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, atacando por três frentes:

  1. Fronteira norte (a partir da Rússia e Belarus)
  2. Sul (pela Crimeia, anexada em 2014)
  3. Leste (região de Donbass, onde separatistas pró-Rússia já atuavam)

Apesar dos avanços iniciais russos, a Ucrânia resistiu e manteve o controle de Kiev. O conflito levou a sanções econômicas ocidentais contra Moscou.

Objetivos atuais da Rússia

Segundo Zelensky, o presidente russo, Vladimir Putin, busca:

  • Controlar toda a região de Donbass (incluindo Donetsk e Luhansk).
  • Expulsar tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, parcialmente ocupada por Kiev desde agosto.

Há ainda denúncias de que a Rússia estaria usando tropas da Coreia do Norte no conflito, segundo inteligência ocidental.

A situação permanece tensa, e o cumprimento da trégua será decisivo para os próximos passos do conflito.

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