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Seca no Amazonas já afeta cerca de 770 mil pessoas, diz Defesa Civil

Boletim da Defesa Civil diz que 190 mil famílias são afetadas pela estiagem
(Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – A seca severa que atinge a região amazônica em 2024 tem gerado impactos, afetando mais de 767 mil pessoas no estado do Amazonas. Segundo a Defesa Civil, aproximadamente 190 mil famílias enfrentam dificuldades devido à estiagem, que tem prejudicado tanto o cotidiano quanto a economia local.

Os principais rios da região, como o Rio Negro, estão em níveis críticos. Em Manaus, a praia da Ponta Negra foi interditada, e o transporte fluvial foi comprometido pelo surgimento de bancos de areia.

Comunidades ribeirinhas, como a de Getúlio de Castro, relatam dificuldades na navegação e no transporte em canoas, além do aumento nos custos de combustível.

Em outras cidades do Amazonas, o cenário é igualmente preocupante. Tabatinga vive a pior seca de sua história, com o Rio Solimões marcando -1,99 metros.

As cidades de Coari, Parintins e Itacoatiara registram níveis muito baixos no Rio Amazonas, comprometendo a navegação e o comércio.

Em Itacoatiara, a operação do porto flutuante, fundamental para o transporte de mercadorias, também foi prejudicada.

Para tentar mitigar os efeitos da seca, o governo tem realizado ações de assistência humanitária, incluindo a distribuição de alimentos e purificadores de água.

Também foram enviados medicamentos, cilindros de oxigênio e instaladas usinas de oxigênio para atender a população afetada.

Segundo especialistas, a seca é resultado de uma combinação de fatores climáticos.

O pesquisador Renato Senna, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), explica que o fenômeno El Niño, aliado ao aquecimento do Atlântico Tropical Norte, alterou a circulação atmosférica, dificultando a formação de nuvens e reduzindo as chuvas na região.

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