Manaus (AM) – A seca que atinge o Amazonas deve levar à escassez e ao aumento dos preços do peixe nas feiras e mercados de Manaus em 2024, conforme alertou a Federação de Pescadores do Amazonas (Fepesca-AM). Os efeitos já estão sendo sentidos por aqueles que dependem da pesca para sua sobrevivência. Em resposta, a federação enviou um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitando a antecipação do auxílio defeso.
No documento, Walzenir Falcão, presidente da Fepesca, pediu que o governo forneça “um auxílio emergencial extraordinário” que inclua duas parcelas do seguro defeso, além de cestas básicas e água potável para os pescadores impactados pela seca. Mais de 130 mil pescadores e 400 mil famílias estão diretamente afetados no estado.
Walzenir explicou que a seca chegou antes do esperado, que normalmente ocorre entre outubro e novembro, dificultando a navegação e a atividade pesqueira devido à diminuição dos níveis dos rios. Com essa redução, muitos pescadores encontram dificuldades para acessar seus pontos tradicionais de pesca, o que pode resultar em menor oferta e maior preço do peixe.
O auxílio defeso, também conhecido como Seguro Defeso, é um benefício destinado a pescadores artesanais durante o período de proibição da pesca para preservação das espécies. Ele oferece um salário mínimo mensal por até cinco meses, desde que os pescadores atendam a certos critérios.
Além disso, no dia 29 de agosto, o Comitê de Enfrentamento à Estiagem declarou situação de emergência em todos os 62 municípios do Amazonas devido aos efeitos da seca. Essa declaração, conforme recomendação do Ministério da Saúde, permitirá que o governo estadual solicite apoio federal para auxiliar nas ações de saúde e assistência em andamento.