Segundo dia de redução na frota de ônibus em Manaus gera caos e suspensão de aulas nas universidades

(Foto: Reprodução)

Manaus (AM) – O segundo dia da redução da frota de ônibus em Manaus foi marcado por superlotação, atrasos e longos períodos de espera nos pontos, afetando diretamente a rotina de milhares de usuários do transporte público. De acordo com a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), aproximadamente 30% da frota cerca de 400 ônibus deixou de circular nesta quarta-feira (16), o que gerou grandes transtornos na capital.

O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM), por sua vez, contesta esses dados e afirma que até metade da frota está fora de operação. A paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo ocorre em meio a reivindicações por reajuste salarial e melhores condições de trabalho.

A crise no transporte público teve impactos além das ruas. As duas principais instituições de ensino superior do estado anunciaram a suspensão das aulas na capital nesta quarta-feira (16). Em nota oficial, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) comunicou que, “em virtude da paralisação do transporte coletivo em Manaus, estão suspensas as atividades acadêmicas, na capital”. A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) também aderiu à suspensão temporária das aulas, priorizando a segurança e o deslocamento dos estudantes e servidores.

Em meio ao cenário, a Prefeitura de Manaus confirmou o reajuste da tarifa de ônibus, que passará de R$ 4,50 para R$ 5,00 a partir do dia 15 de fevereiro de 2025. O Vale Transporte (VT), pago pelos empregadores, será reajustado para R$ 6,00, e a meia passagem, para R$ 2,50. O prefeito David Almeida justificou a decisão citando que o custo real de cada passagem é de R$ 9,00, com R$ 4,00 sendo subsidiados pela prefeitura.

A decisão foi duramente criticada por usuários, que já enfrentam um sistema com falhas constantes e, agora, têm que arcar com um custo mais alto sem garantias de melhoria no serviço. A situação escancarou a necessidade urgente de investimentos estruturais no transporte público da capital amazonense, assim como a valorização dos profissionais do setor.

As autoridades seguem monitorando a situação e a expectativa é que as negociações avancem nos próximos dias para evitar a intensificação da paralisação e novos prejuízos para a população.

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