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Sinteam diz não ter recusado contraproposta  de 15,19% e denuncia medida arbitrária do governo

Decisão unilateral anunciada pelo governador Wilson Lima foi repudiada pela categoria, que fará assembleia geral nesta sexta-feira

Manaus (AM) – Após o governador Wilson Lima por fim às negociações e anunciar como certo o reajuste de 8% aos trabalhadores em educação do Amazonas, o sindicato da categoria esclareceu que não houve recusa à proposta de 15,19% de reajuste salarial apresentada na mesa de negociação com a presença de seis deputados estaduais e repudiou as falas do governador.  

No dia 31 de junho, após seis horas de reunião na sede do governo, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) saiu com a nova contraproposta para ser apreciada pela categoria em assembleia como vem acontecendo, respeitando os ritos democráticos de decisão da entidade. 

Na manhã desta quinta-feira (1º), os comandos zonais reuniram-se para começar as discussões das propostas e chegar a reunião geral com parte do debate formado pelas bases. No entanto, a coletiva de última hora convocada pelo governo do Amazonas pegou a todos os trabalhadores de surpresa, atropelando o processo pacífico de diálogo. 

Durante a coletiva, a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, reafirmou que os motivos para que a greve acontecesse foi o não cumprimento da lei por parte do governador. 

“O movimento foi pra rua porque estamos há dois anos com os nossos salários achatados e estamos sem nenhum diálogo com o governador que age de forma arbitrária. Então não são os trabalhadores que são intransigentes”, afirmou. 

Desde o dia 2 de janeiro, o Sinteam iniciou a tentativa de abertura da mesa de negociação. Todas as tentativas não tiveram respostas e o diálogo só veio acontecer efetivamente após o início da greve, ao contrário do que disse Wilson Lima nesta manhã. 

Sobre as faltas aplicadas e o desconto no contracheque dos grevistas, Ana Cristina relembra que isso nunca aconteceu na história do estado.

“É a primeira vez que, em fase de recurso, o nosso empregador desconta em folha o salário como forma de pressionar os trabalhadores e assediar moralmente aqueles que participam da greve.”.

A categoria vai manter os ritos de greve com a assembleia geral convocada para esta sexta-feira (2), às 10h, no Clube Municipal.

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