Manaus (AM) – Sócio acusado de encomendar a morte do empresário Rafael Moura Cunha, Julian Larry Barbosa Soares e mais dois suspeitos, Alinelson Willian Araújo Pereira e Adriano Fogassa Almeida, denunciados pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), vão a júri popular.
Rafael foi morto no dia 2 de dezembro de 2021, na avenida Carlota Joaquina, bairro Parque 10 de Novembro, zona Centro-Sul de Manaus.
A decisão do juiz de direito titular da 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Fábio Olintho de Souza, foi publicada na Ação Penal n.º 0775946-14.2021.8.04.0001 na manhã desta quinta-feira (28/11) e os réus serão julgados pelo crime de homicídio qualificado (art. 121, parágrafo 2.°, incisos I – praticado mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe – e IV (praticado à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido – todos do Código Penal).
A denúncia contra Julian, Alinelson Willian e Adriano foi oferecida pelo promotor de Justiça Marcelo Salles Martins no dia 1.º de junho de 2022, sendo aceita pelo Juízo da 1.ª Vara do Tribunal do Júri em 3 de agosto de 2022.
De acordo com a investigação, a motivação do crime seria decorrente da tentativa de Julian em se tornar sócio da empresa da vítima sem efetivar o pagamento dos valores correspondentes. O pretendente a sócio teria se esquivado de pagar a quantia devida a Rafael, após firmarem um Termo de Compromisso, em 1.º de junho de 2021, diante do qual se tornaria sócio da empresa “Blend Lounge Café”, com 50% das cotas, quando integrasse o valor de R$ 450 mil. Todavia, até a data do crime, Julian só teria efetuado o pagamento de R$ 50 mil, do total devido.
Após reiteradas cobranças por parte da Rafael, além das sinalizações de que este rescindiria o contrato, Julian teria resolvido ceifar a vida de Rafael e contratado Adriano e Alinelson Willian para executarem o crime.
Com a decisão de pronúncia, a 1.ª Vara do Tribunal do Júri vai aguardar o trânsito em julgado da sentença para pautar o julgamento em plenário. Julian, Alinelson Willian e Adriano respondem ao processo em liberdade.