Suframa conhece projetos de sucesso voltados para a agroindústria em Figueiredo

(Foto: Divulgação/Suframa)

Amazonas – A terceira e última programação da Jornada de Integração Regional e Interiorização do Desenvolvimento – realizada pela Suframa nesta quarta-feira (19), no município amazonense de Presidente Figueiredo (a 126 quilômetros de Manaus) – foi marcada por visitas técnicas a potenciais empreendimentos e ao fomento a possibilidades de industrialização, por meio da utilização de matéria-prima regional, e a projetos na área da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), com recursos da Lei de Informática. Apesar da chuva intensa, a agenda foi cumprida e teve início ainda pela manhã, com a ida do superintendente Bosco Saraiva e equipe à Fábrica de Água Mineral Áqua Amazon, seguindo depois para a Agropecuária Jayoro e sendo finalizada no início da tarde, no Colégio Agrícola Rainha dos Apóstolos.

Todas essas atividades fizeram parte de um esforço mútuo da Suframa com instituições parceiras, de contribuir com a melhoria da qualidade de vida da população do interior da Amazônia, por meio do potencial da Zona Franca de Manaus de gerar emprego, renda e oportunidades de crescimento, como destacou o superintendente Bosco Saraiva. “São ações que integram todo um conjunto de iniciativas que visam levar incentivos ativos também para os municípios. Nunca é demais lembrar que, as vantagens e os incentivos mantidos com a aprovação da reforma tributária, só reforçam o que a gente está fazendo em Figueiredo, e vamos fazer também em outras localidades, ao longo deste ano”, garantiu Saraiva, que foi acompanhado na ação pelos superintendentes-adjuntos Leopoldo Montenegro (Projetos), Waldenir Vieira (Desenvolvimento e Inovação Tecnológica), Carlito Sobrinho (Administração), pelos coordenadores-geral de Comunicação e Assuntos Institucionais, Layane Raquel, e de Análise e Acompanhamento de Projetos Agropecuários, Sérgio Muniz, além do gerente da Superintendência-Adjunta Executiva (SAE/Suframa), Ozenas Maciel.

Na fábrica de água mineral, localizada no quilômetro 15 do município, a comitiva foi recebida pelos sócios-proprietários Adalberto Martins e Gustavo Pereira, onde conheceram um empreendimento de quase dez anos, tido como pioneiro e pensado 100% para a exportação, segundo os próprios empresários. “Somos uma empresa formada recentemente, mas o processo todo tem dez anos. A gente tem hoje a água mais pura do planeta, isso comprovado com testes laboratoriais tanto daqui quanto dos Estados Unidos e dos Emirados. E a gente produz a água mineral mais pura do planeta engarrafada”, salientou Gustavo Pereira.

A Suframa teve acesso ao mais recente produto, denominado de Iracema Falls, que em breve será comercializado, inclusive, para outros países.

*Segunda parada*

Na Agropecuária Jayoro, o grupo esteve acompanhado do prefeito Fernando Vieira e foi recepcionado pelo superintendente do negócio, Waltair Prata Carvalho.

O empreendimento foi desenvolvido nas áreas do “Complexo Jayoro”, que compreende 59,6 mil hectares, sendo 13 quilômetros só de estrada principal entre o ramal, na BR-174, e a sede, além de mais 120 quilômetros de ramais internos de acesso às áreas de plantio de cana-de-açúcar e guaraná.

No parque industrial são produzidos o açúcar Cristal, o álcool neutro e hidratado, além do extrato de guaraná. As atividades são sazonais, sendo a safra da cana feita de agosto a dezembro, e a do guaraná, de outubro a janeiro. “A fase atual (março) é de apontamento de manutenções e reformas, no parque industrial e equipamentos motorizados, como de cultivo da cana e guaraná. A empresa trabalha com o processo de semimecanização do guaraná, o que possibilitará a sua expansão”, informou Waltair Carvalho.

Ao todo são 830 vagas de trabalho neste período de entressafra e quase 1,2 mil vagas nas safras, segundo o empresário.

*Colégio Agrícola*

Já no Colégio Agrícola Rainha dos Apóstolos, localizado na área de abrangência do Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), mais precisamente no quilômetro 23 da BR-174, a equipe Suframa teve acesso a informações relevantes relacionadas ao projeto intitulado Sistema Integrado de Tecnologia Agrícola (Sistagri), desenvolvido pela startup AgregaMais Eco Amazonya Indústria e Comércio de Tecnologias Agrícolas Ltda., com o apoio do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) – um dos integrantes do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio) -, com recursos de PD&I.

O Sistagri é um sistema integrado de tecnologia agrícola desenvolvido para automatizar e monitorar parâmetros agrícolas no cultivo protegido de hortaliças, com foco em eficiência e sustentabilidade. A solução oferece um equipamento (hardware) e uma plataforma (software) completa, que engloba desde a automação da supervisão e fertirrigação até o controle de variáveis que servem de parâmetros referentes à quantidade de adubo diluída e a acidez da solução nutritiva nas plantas. “O sistema permite o acompanhamento em tempo real e o ajuste automático das condições ideais de cultivo. Com uma interface intuitiva, o Sistagri proporciona aos empreendedores do setor agrícola maior segurança, produtividade, redução de custos operacionais e menor impacto ambiental, sendo uma ferramenta essencial para as práticas agrícolas”, explicou o gerente agrícola André Golveia Belota.

A comitiva foi recebida pelo diretor da escola, Celso Batista de Oliveira Filho, e a visita abrangeu o Centro de Solidariedade São José, cujo internato possui 102 alunos, composto por crianças e adolescentes oriundos do interior do Amazonas e de estados vizinhos, filhos de produtores rurais e indígenas.

Entre eles está Marcos, que é oriundo de Caracaraí, interior de Roraima, e filho de produtores. Ele cursa o 1º ano técnico em agropecuária e explicou à comitiva da Autarquia sobre o sistema agroflorestal. “Temos diversas culturas implantadas em nosso sistema, como espinafre, cupuaçu e cubiu. É muito importante conhecer e entender quais culturas precisam de mais luz solar e dos cuidados necessários com o plantio para o desenvolvimento adequado”, resumiu.

O número de alunos externos chega a 550 e a escola tem parceria com as secretarias de Educação estadual (Seduc) e municipal (Semed).

Durante o dia, os estudantes da instituição realizam o curso técnico em agropecuária, que tem duração de três anos, e à noite, cursam o ensino médio.

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