Suframa e Ifam discutem projeto inovador de produção intensiva de tambaqui para comunidades rurais

(Foto: Ester Carvalho/Suframa)

Manaus (AM) – Na manhã desta terça-feira (7), a Suframa se reuniu com representantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam) Campus Manacapuru, na sede da Autarquia, para a apresentação do projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) intitulado “Inova Aquic. 4.0”. A iniciativa visa à produção intensiva de tambaqui em caixas d’água, utilizando tecnologia de ponta para otimizar o cultivo do peixe em áreas rurais.

De acordo com o diretor-geral do Ifam Campus Manacapuru, Jaidson Brandão da Costa, o método idealizado pelo professor Fabrício Barros (coordenador e autor do projeto) permite a criação de até 30 quilos de tambaqui para cada mil litros de água, promovendo um ciclo de crescimento reduzido em comparação aos modelos tradicionais de piscicultura. “A técnica possibilita que o alevino alcance a fase adulta em um período entre sete e oito meses, enquanto na piscicultura comum, com tanques escavados, esse processo leva cerca de 12 meses”, explicou Costa, que foi acompanhado na reunião pelo pesquisador Rogério de Souza e pelo vereador de Manacapuru, Dr. Léo Guimarães.

A proposta pretende beneficiar 100 comunidades rurais localizadas ao longo das rodovias AM-352 e AM-070, além das proximidades dos rios Canaboca, Repartimento, Tuiué, e nas comunidades do Timbó, Caviana e Jacaré. O projeto também se destaca pelo uso de tecnologia digital, como aplicativos de celular e visão computacional, para monitoramento do crescimento dos peixes, controle da alimentação e reaproveitamento da água. “Além da facilidade de filtragem da amônia produzida pelos peixes, o sistema possibilita o controle do desenvolvimento de forma digital, permitindo atender às necessidades individuais de cada espécie”, salientou.

O valor estimado para a implementação completa do projeto é de R$ 5,1 milhões, montante necessário para alcançar o pleno atendimento das comunidades beneficiadas. “Estamos falando de locais que sofrem duramente com as estiagens, precisando receber alimentos lançados por helicópteros. É um projeto que vai facilitar a produção inclusive nesses períodos de seca”, destacou Costa.

O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, saudou a iniciativa e falou sobre possíveis parcerias e mecanismos de captação de recursos para viabilizar a iniciativa, por meio da Lei de Informática da Amazônia, a qual determina que empresas beneficiadas invistam parte de seu faturamento em projetos de PD&I.

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