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Suspeita de matar o próprio filho recém-nascido afogado é presa em Boca do Acre

Informações apontam que a mulher assassinou a criança um dia após o parto.
Foto: Divulgação

Manaus (AM) — Uma mulher, 21, foi presa por homicídio do próprio filho recém nascido, cometido por meio de afogamento, em Boca do acre, município 1.028 quilômetros distante de Manaus. A prisão da suspeita foi efetuada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 61ª Delegacia Interativa de Polícia, na última terça-feira (22/10).

De acordo com o delegado Gustavo Kallil, a autora teria dado à luz a criança na segunda-feira (21/10) e, no dia seguinte, a matou por afogamento. O caso chegou ao conhecimento dos policiais civis após a equipe médica do hospital onde o parto ocorreu ir até a casa da mulher para averiguar uma situação suspeita.

“Depois do parto, a equipe médica ficou em alerta pois, a mulher não teria feito o pré-natal e, também, não teve nenhum acompanhamento médico durante a gravidez. Eles disseram que a liberariam depois que ela fizesse alguns exames laboratoriais para saber como estava a saúde dela e a do bebê”, informou o delegado.

Segundo o Kallil, os exames laboratoriais constataram que ela seria portadora de uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e, possivelmente, a criança também. Quando os médicos foram notificá-la, a mulher já tinha ido embora do hospital.

“Então a equipe médica foi até a casa da mulher e, durante a conversa, ela se identificou com outro nome e negou que teria dado à luz naquele dia. Ela disse, ainda, que teria ido ao hospital apenas para tomar soro. Então os profissionais procuraram pelo bebê na casa e, quando foram examiná-la, perceberam que ele estava morto”, contou o delegado.

Ao ser questionada, a mulher disse que teria afogado o bebê em uma banheira. Então a equipe policial foi acionada ao local e efetuou a prisão dela em flagrante. “Foi designada uma psicóloga para ouvir a mulher e atestar suposta influência do estado puerperal, o que caracterizaria, em tese, o delito de infanticídio, mas acreditamos que o crime tenha sido premeditado. Um dos motivos é que a mãe, em nenhum momento, demonstrou sentimento de dor, sofrimento ou sequer chorou. Inclusive, a psicóloga relatou não ter percebido qualquer sentimento de culpa por parte dela, que se demonstrou consciente e lúcida”, disse o delegado.

Segundo a PC-AM, a gravidez era desconhecida por toda a família, inclusive pelo pai do bebê, uma vez que a mulher nunca comentou sobre a gestação para ninguém.

Por conta do crime, a mulher foi presa, responderá por homicídio e estará à disposição da Justiça.

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